Coisas das quais não gosto* (primeira leva, levezinha, para começar) :
1. Ventoinhas ou ar condicionado, especialmente quando estão tão fortes que tenho de vestir um casaco só nas divisões onde os apanho (ou nos autocarros aqui no Rio, onde alguns parecem chegados do Pólo Norte);
2. Que achem que tenho botões on-off para não ligar a coisas que, de facto, incomodam até ao ser mais pacato e blasé do Mundo. Se a minha tolerância e paciência fossem como aparelhos auditivos, acreditem que seria a primeira pessoa a desligar barulhos indesejados;
3. De misturar vermelho e rosa. Para mim não combinam, não ficam bem e arrepiam-me toda. Pronto, está dito.
4. Da forma como algumas pessoas se sobrestimam, enquanto subestimam a inteligência alheia. Não tenho paciência para egos inchados e vaidades sem fundo, muito menos quando tudo faz parte de teatros e jogos de manipulação;
5. De feijão-verde e agrião. Torço o nariz a filhotes de animais e a couve flor. A baba do quiabo incomoda-me imenso. O resto como tudo.
6. De quando os guionistas das séries que vejo decidem mudar a coerência narrativa das personagens e do estilo. Adoeçam-me uma personagem de uma série cómica e vejam-me a atirar com um chinelo à televisão. Se quisesse ver desgraças e drama, procurava outros géneros. (Responsáveis do HIMYM, isto é especialmente para vocês (mas não apenas)!)
7. De cabelos todos iguais, com o mesmo corte, o mesmo estilo, sejam todos lisos, ou todos com babyliss. De fotocópias na rua e margem curta de manobra para cada personalidade. Ser-se bonito, elegante e moderno não pressupõe apenas uma forma de pentear o cabelo (que curto também pode revelar uma feminilidade sensual);
8. De água fria. Independentemente do calor que esteja na rua. Tirem-me o banho quentinho da manhã e sentem-se a apreciar o espectáculo, que em poucos minutos viro um bicho rezingão.
9. De adultos demasiado infantis e crianças demasiado adultas. Há tempo para tudo. Para brincar, para ser sério, para crescer e, principalmente, para se conhecer, compreender, melhorar o que queremos, sem copiar ninguém. Ser autêntico, honesto com o que se é, é saudável e faz bem à saúde (nossa e dos outros).
10. De fazer compras no supermercado. Há pessoas a quem o passeio com o carrinho pelos corredores de produtos, avaliando promoções e bons negócios, acalma, outras que detestam perder tempo a analisar o que falta em casa. Estou no segundo grupo. Sem lista e metas concretas, então, não me verão com certeza num continente, modelo, pingo doce, carrefour, franprix, extra, guanabara, real ou qualquer outro, em qualquer parte do mundo.
* de dez em dez, que isto de andar atenta faz-me não gostar de demasiadas coisas.
(o blog Coisas & Cenas partilhou a listagem (em vários posts) de coisas que irritam. Apesar de diferente, fica a referência da inspiração, dado que foram posts que me fizeram pensar, especialmente, no quão simpática é a partilha destes pormenores que fazem de nós, nós. Mesmo os feios, para equilibrar a beleza da coisa.)
Eu adoro vermelho e rosa, azul marinho e preto, castanho e preto, amarelo e laranja, roxo e vermelho.
ResponderEliminarAcho que não há cores que não combinem, há é quem não as saiba fazer funcionar. :)
Boa malha!
De todas as que disseste só me causa espécie a que disse mesmo, o vermelho e o rosa. :D (Devo ser das pessoas que não os sabe conjugar, nem gosta de ver quem sabe. :D)
EliminarNem na maquilhagem?
Eliminar[De todo o modo, o que quis dizer acima foi que desaprendi a não gostar de coisas a priori. Acho que tudo pode funcionar - até sapatos de cunha, que odeio - usado de determinada forma, pela pessoa certa. Era isso que queria dizer.]
EliminarNa maquilhagem, na maquilhagem... Hmmm não sei, só vendo alguém a usá-los muito bem. Eu não desgosto de nada à priori, pelo contrário, tento sempre arranjar formas de gostar das coisas (então nas comidas, nem se fala, provo tudo vinte vezes até saber se gosto mesmo ou não aprecio), mas rosa e vermelho, vá, ainda não vi uma conjugação de ambos que me agrade. Mas, lá está, é muito subjectivo. :D
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