Se já gerou dentro de si um pequeno goblinzinho (e sim, e chamo-o carinhosamente assim, e fujo de todas as variações de bebé, que parece serem as únicas possíveis para demonstrar carinho sem olhares horrorizados) durante nove meses e conseguiu encontrar sempre roupa que se adaptasse não apenas a uma barriga crescente mas também ao seu formato de corpo, então tiro-lhe o chapéu e faço vénia. Por aqui, tenho visto a minha roupa a ser posta de lado desde os primeiros meses com toda esta adaptação, num misto de entusiasmo e resignação (e esporádicos episódios, felizmente curtos, de "oh meu deus, estou uma lontrinha desajeitada!").
Eu explico. Tenho um corpo de estrutura em pêra, baixinho, no qual normalmente enfio vestidos justos em cima e evasés, ou mais largos, em baixo, ou calças que me alonguem as pernas, combinadas com tops que assentam bem ao corpo. Nunca me aventurei por peças direitas ou mais largas, porque, no alto do meu pouco mais de metro e meio, sempre me fizeram sentir um saco de batatas, nada feminino. Por isso, assim que a minha estrutura começou a alargar (primeiro para os lados e, assim que as ancas estavam prontinhas, para a frente -- e como alarguei! Um dia, escreverei sobre isso.), escusado será dizer que tudo o que era partes de cima deixou de passar a região do peito. Depois na anca. Depois na barriga. E, semana a semana, lá ia mais um montinho para as caixas de arrumação, para mais tarde voltarem a uso.
Foi, então, com alguma resistência, mas muita urgência, que comecei a procurar soluções que não me custassem os olhos da cara, dentro dos departamentos de roupa de maternidade de alguns sites e lojas. "Porquê roupa específica para esta fase?", perguntam vocês... Como eu também me perguntava aqui há uns largos meses. Eu sempre vesti o tamanho S na parte de cima e nos vestidos, pelo que, pensava eu, durante a gravidez bastaria aumentar um ou dois tamanhos e teria roupa para os nove meses (e mais alguns, caso a recuperação não fosse tão fácil assim). O problema desta ingénua, que aqui se assume à vossa frente, foi não me ter lembrado que os ombros não crescem ao mesmo tempo e não, o tamanho do resto do corpo nunca ficará proporcional ao da dita barriga proeminente (quando o primeiro é pequeno e o segundo cresce desalmadamente para albergar um bichinho grande, vá). Mantendo o mesmo número que sempre vesti, consegui, no entanto, nos departamentos específicos, encontrar artigos que acompanham uma barriga em crescimento e que não pareciam de outra pessoa, fracamente maior do que eu.
Não foi, contudo, uma tarefa tão simples quanto isso, mas tenho agora algumas peças-chave, suficientes para os próximos meses (espero!). E, algumas sortudas, mais um ou outro top num tamanho demasiado grande, que nunca me assentariam e acabei por dar. Até agora, houve três lojas (principais) que me valeram, e passo a listar, das quais aproveitei sempre as promoções. Acreditem, estar atenta a descontos vale, efectivamente, a pena.
ASOS
A ASOS Maternity foi, até agora, a minha melhor amiga. Além de ter encontrado, logo no início, ainda nos saldos de Verão, um sobretudo com uma grande percentagem de lã e a um preço muitíssimo considerável (que ainda não vesti, mas que sei que me dará imenso jeito), já de lá vieram tops, camisolas, vestidos, calças e leggings que tenho usado continuamente, lavado já algumas vezes, e que se mantêm confortáveis e bonitas. Acreditem, é um excelente sinal (Comprei umas calças ainda no Brasil, da Renner, especiais para grávidas que, apesar de confortáveis no início, se tornaram ásperas como uma serapilheira, impossíveis de usar e três vezes mais caras do que as compradas neste site).
A preço normal, encontram peças muito interessantes mas que podem não ser tão acessíveis, embora valham o que custam. Há, então, para quem preferir, que aguardar, ou estar atenta aos tais descontos que vão aparecendo, bem como a promoções várias que a loja lança, nas quais está igualmente incluído este departamento. Eu comprei muitas peças de Inverno ainda nos saldos de Verão, antevendo a necessidade de hoje, o que me deixa muito contente comigo mesma (e sim, continuo a orgulhar-me pelos negócios que faço e por não comprar nada sem qualquer tipo de desconto).
Dorothy Perkins
A minha relação com a Dorothy Perkins ainda não se definiu totalmente. Adoro alguns vestidos da loja, especialmente os da marca Closet. Comprei, no ano passado, algumas peças fantásticas. Mas, os portes para Portugal e a oferta limitada de produtos para esta fase têm-me dissuadido de lá voltar mais vezes. Por agora, vá. Foi, contudo, ainda em Junho, a primeira loja onde comprei, principalmente, calças de ioga, collants e outros pequenos acessórios, como faixas de algodão para aconchegar a barriga. Uns petits riens que dão agora muito jeito.
Apesar do baixo poder atractivo da maioria dos produtos (pelos quais se navega rapidamente já que não são muitos) e de um estranho desfasamento com a estação vigente, aproveitei dois códigos de promoção e, passado pouco tempo, já chegava a casa dos meus pais a encomenda, muito antes até de eu regressar. O algodão é bom; as calças, especialmente, dão imenso jeito para o ioga e servirão para toda a gravidez, dado que têm uma banda mais elástica na região da barriga, mas igualmente confortável; as faixas valem-me um cavalo na guerra, quando uso vestidos. Para básicos, pode dar muito jeito.
H&M
A H&M, acessível à maioria do comum dos mortais que não gosta de fazer compras online (e a todos os outros, nós, já agora), também tem uma linha para grávidas que, apesar de não ser muito variada, tem exactamente o que cada mulher precisa para acomodar a barriga (e o resto do corpo que, desajeitadamente, se vai adaptando à nova e momentânea realidade). Podemos ir lá comprar o guarda roupa inteiro, dado que oferece desde a lingerie adequada e muitíssimo confortável a parkas e sobretudos. Já lá comprei um pack de três boxers, que adoro, umas calças pretas, giras e adaptadas (o que nem sempre é fácil de encontrar), uma blusa, uns collants com motivos (elogiados pelas massas, que queriam ter uns iguais e dificílimos de encontrar em qualquer lado) e um impermeável caqui (o único que havia e que, felizmente, era tudo o que eu queria).
Tenho aproveitado as promoções de 25% que a marca lança em campanhas de facebook. Fui comprando peça a peça, consoante as indicações da campanha em questão, para que todas tivessem desconto. Confiram isso antes de chegar à caixa e descobrirem que, afinal, só uma peça terá direito.
Além das peças que comprei nestas lojas, já me aventurei por dois vestidos simples, direitos e largos, de malha, da Mango (que me ficam super bem e se ajustam na perfeição ao novo formato) e me apaixonei por um sobretudo turquesa, que não comprei pelo preço, mas que, segundo a minha mãe, me fazia uma grávida linda e elegante (e em tamanho S, que até poderia vestir depois). Rondei a Zara, em vão, e a Primark, de onde trarei, brevemente, soutiens de amamentação e collants, sobre os quais escreverei mais tarde.
Se souberem de mais lojas, online ou físicas, onde se encontram peças giras, confortáveis e a bons preços, partilhem comigo por favor. Apesar de achar que o meu guarda roupa de grávida, com as peças que tem, já está composto e fechado, estou sempre aberta a novas buscas por essenciais que nem sabia que precisava (confesso, esta é uma aventura completamente desconhecida para mim, todas as dicas são boas).
Parabéns pelo bebé! felicidades :)
ResponderEliminarObrigada! Beijinhos ;)
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