Depois de uma longa seca de produção aqui pela Salinha, que, não fosse a dedicação da Carolina que todas as sextas-feiras nos traz um petisquinho, seria ainda pior, porque há dias em que não há tempo (ou o tempo que havia desaparece numa urgência) ou que não há cabeça, ou que não há condições físicas para continuar no computador (ou todas as anteriormente mencionadas, de uma só vez, que é o pior), acho que está mais do que na hora de vos falar de um produto que eu adoro, sobre o qual já escrevi uma ou outra linha, mas que merece mais destaque. Não é novo, nem recente, e provavelmente já ouviram falar dele, ou leram algo sobre este menino, por aí, mas caso façam parte do grupo de pessoas distraídas que entram neste espaço, apresento-vos um produto que tem direito a reposição directa no meu stock antes de acabar, o óleo da Clarins de Orquídea Azul, para peles desidratadas.
Vejamos, leram bem, desidratadas. Não quer dizer que seja apenas para peles secas, nem que completamente proibido às oleosas (por favor, não fujam logo a correr ao ler a palavra "óleo"), pelo contrário, falamos de desidratação, que pode acontecer em qualquer tipo de pele. A minha era, normalmente, mista a oleosa e, por isso, eu achava que o melhor a fazer era retirar qualquer óleo natural e brilho que pudesse ter. Quantas vezes não lavei a cara com um produto mais agressivo, para que ela deixasse de brilhar... Resultado: a pele ressentia-se e a única defesa possível (coitada, já que não podia gritar comigo e chamar-me os nomes que lhe apetecesse pelas tropelias que lhe andava a fazer) era produzir ainda mais óleo. Imaginam o ciclo vicioso da coisa... Uma pele sempre desconfortável, desequilibrada, com borbulhas e eu sem saber o que lhe fazer mais. A solução era simples, mas havia que começar com uma rotina que lhe desse a hidratação necessária. Comecei com a vichy, passei pela clinique, quando dei cabo dela em Cabo Verde com um produto que comprei numa drogaria brasileira, só consegui recuperar alguma elasticidade e brilho perdidos com o Super Aqua Day, da Guerlain, e desde então, há uns anos para cá, que por aí vou, tentando incorporar produtos, trocando alguns, disciplinar-me e, mais do que tudo, tentando aprender com a minha pele o que ela precisa, gosta e quer.
Nesse percurso, fui conhecendo gente que experimenta muito, gente que percebe muito do assunto, que por aqui somos apenas amadoras acidentais, que partilham a experiência do ponto de vista do usuário, e entretanto, já com a disciplina básica incorporada na rotina (digo lavar, tonificar e hidratar), decidi experimentar um óleo, elogiado pela A., do Coisas e Cenas, numa altura em que a minha pele ainda não estava totalmente confortável com os produtos (e ainda não está, ela vai mudando, por isso mantenho a minha busca por aqueles produtos que sejam feitos para mim, que não são obrigatoriamente os mesmos que os de outra pessoa com um tipo de pele semelhante, e vice-versa). Fui à Perfumes & Companhia, para aproveitar uma das magníficas promoções (agora comprei o meu segundo frasco por cerca de 21 €, com o desconto), e acabei por trazer este de Orquídea Azul, deixando lá o de peles secas, de Santal, que não é de todo para mim, e o de Lotus, para peles mistas oleosas, cujo cheiro francamente me nauseou.
Feitos para reequilibrar a pele, a Clarins promete uma "alquimia de extractos de plantas e de óleos essenciais que transmitem, pelas suas propriedades de tratamento e olfactivas, os benefícios da fitoterapia e da aromaterapia". O de orquídea azul, especificamente, um dos produtos mais vendidos da marca, contém o extracto da flor que lhe dá o nome e o "óleo essencial de patchouli para tonificar, revitalizar e dar às peles sedentas brilho" e luminosidade. É um produto que vou recomeçar a usar este mês, já que ficou em Portugal nos meses que passei no Brasil (com muita pena minha, que bem pensei nele enquanto lá estava e na falta que me fazia) e garanto-vos que, duas semanas depois de uma utilização contínua, à noite, com a pele húmida do tónico, é sempre produto para me maravilhar. A pele fica mais bonita, radiante, com mais elasticidade e realmente com um aspecto mais saudável. Da primeira vez que usei, apercebi-me que haveria ali muito mais desidratação que eu alguma vez tinha pensado, numa pele que, achava eu, sofria era de excesso de óleo.
Tem, inclusivamente a vantagem, enquanto produto para usar à noite, de me acalmar e pôr a dormir relaxadamente, num sono profundo. Julgo que isto não acontece a todas as pessoas que o usam, pelo menos não me recordo de ler o comentário de alguém a quem desse semelhante prazer, mas pode ser que a algum outro ser, por aí, a precisar de umas boas horas de sono, ou a quem o João Pestana decidiu boicotar, faça o mesmo. E convém aproveitar. Um produto que nos mima a pele e que nos põe a dormir como crianças depois de uma tardada no parque, ainda por cima não muito caro para aquilo que proporciona, há que ser aproveitado.
Os óleos da Clarins são facilmente encontrados em várias perfumarias, mas o preço mais acessível ao qual o encontrei foi mesmo da Perfumes & Companhia aqui perto de casa, a 21 euros e qualquer coisinha. Se conhecerem outras lojas, ainda mais baratas, deixem nos comentários, por favor, pode sempre dar um belo jeitinho a quem passar por aqui.
Assino por baixo. Uso o mesmo, embora o traia consistentemente, com outros que vou descobrindo, ainda melhores (sou absolutamente viciada em skincare em geral e em óleos e séruns em particular), e ainda tenho ali um frasquinho em stock, a que voltarei com entusiasmo (do bom) um destes dias. Provavelmente, nesta altura deveria intervalá-lo com o de peles secas (porque sofro dos dois males) mas com o resto da rotina de rosto cubro essa necessidade.
ResponderEliminarO Clarins foi o meu primeiro amor em termos de óleos faciais e adoro-o, ainda hoje (apesar de, como disse, e porque a tecnologia não pára, para mal da minha carteira, já ter testado ainda melhor): é um produto de qualidade, que faz o que promete - e eu adoro essa honestidade.
Ah, mas eu também o trairia (e conto com isso!), embora este me adormeça como nenhum outro, de amostras, adormeceu até hoje. ahahah
EliminarComigo nesse aspecto não resulta, sou bicho ruim de adormecer. :)
EliminarMargarida, escolheste este e não o para peles mistas/oleosas apenas pelo cheiro não te agradar? Tenho algumas semelhanças contigo no que diz respeito às manifestações da tua pele, daí perguntar.
ResponderEliminarBem-vinda a Portugal (e a Coimbra, penso eu)!!
Beijinho
Olá Marina, na verdade eu fui à loja pendendo para os dois, sem saber ao certo qual escolher. À conversa com a conselheira Clarins, e tendo em conta o pouquinho que eu já tinha aprendido com pessoas que se interessam por este mundo e com a minha pele, acabei por optar por este. Não foi propriamente pelo cheiro que eu o escolhi, mas foi aquela estocada final que eu precisava para me decidir (que eu sou esquisitinha ao máximo com cheiros). Se eu tivesse decidido à partida, por exemplo, que o de peles oleosas era o que mais se adaptava, o mais provável teria sido encontrar noutra marca algo semelhante, com outro aroma.
EliminarDe qualquer forma, se quiseres testar, as conselheiras Clarins têm, de vez em quando, umas amostrinhas dos óleos para oferecer. Eu dei-as à minha prima que também ficou encantada com os benefícios deste produto. :)
Muito obrigada! Adoro voltar. :D
M.