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domingo, 16 de março de 2014

Dicas que dão jeito # 11 - Salinha vai à Laurinha

Quando a página de facebook da Laura Mercier Paris nos informa que teremos, à nossa disposição, para tirar dúvidas, mostrar como um ou outro produto se usa e qual a melhor maquilhagem de pele para nós, um maquilhador internacional, conceituado, é óbvio que ficamos interessadas e, no meio do nosso horário (felizmente, no meu caso, mais flexível, este ano), lá pegamos nós no telefone para marcar uma horinha para um “me time”. Foi assim que, esta semana, tive uma horinha muito interessante no Bon Marché, na companhia da Rania (conselheira LM do balcão do BM) e de Benjamin Ruiz, o especialista da vez.


Levei a minha Luxe Wardrobe, porque, afinal, já que era para tirar partido dos produtos da Laurinha, que eu adoro, mais valia começar pelos que já tinha. A cara ia sem nada, nem uma base, nem corrector de borbulhinhas, para que pudessem avaliar, assim a nu, o que melhor se adequaria à minha pele (Gostava de acordar à la filme, maquilhada e perfeita, mas, confesso, o meu acordar é muito mais primitivo do que isso). Cheguei à hora, até uns minutos antes, depois de meia hora de caminhada, que bem me soube. Estava prontinha.

Em jeito de tópicos, que é mais prático, farei a listagem dos passos e produtos, especialmente para pele, que usaram em mim, com uns pequenos comentários. Relembro que eu tenho pele normal a mista (aqui em França, mas mista a oleosa, no Verão ou climas húmidos), sensível e, neste momento, ligeiramente desidratada (estava a testar um produto que não será o mais adequado para o clima seco, mas sim para o húmido, e já o larguei), portanto, os produtos serão sempre os mais indicados para este tipo:

1. Em primeiro lugar, aplicaram-me o primer mineral, por considerarem o mais adequado para peles sensíveis. Claro que, se fosse comprar um dos famosos e, pela minha experiência com este, francamente bons, primers da marca, compraria o oil free, por conhecer a minha pele o ano inteiro, mas gostei de experimentar este.

2. De seguida, mais uma novidade. Eu, que sempre achei que o melhor seria a base silk cream, levei com uma base Oil-free Supreme, no tom Blush Ivory. Eu sou de sub-tom quente e, provavelmente, depois de uns meses sem sol aqui em França, um NC 20. Gostei francamente de como assentou na pele e, especialmente, de não se ter mexido o dia todo. Pelo que me disseram, a silk cream seria melhor para peles mais secas, e se quisesse uma cobertura maior. Para um clima húmido e quente, aconselharam, por exemplo, um tinted moisturizer oil-free ou um pó mineral. Disseram-me, novamente, que a base deve ser exactamente no nosso tom de pele, o que faz que tenhamos de ter sempre dois tons distintos; um para o Verão e um para o Inverno, que possamos misturar para tons intermédios, por exemplo.

3. Para camuflarem as regiões menos perfeitas da minha pele, como algumas manchas de borbulhas antigas, ou zonas mais escuras, usaram os dois pesos pesados da marca; o Secret Camouflage e o Undercover pot, no tom 3. Ambos são absolutamente fantásticos, não acumularam, ficaram perfeitos o dia todo e cumpriram a sua função, naturalmente, sem efeito de reboco, com mestria e dignidade. Não serei eu a falar mal destes tão adorados produtos, pelo menos não nas duas ou três vezes que os experimentei. Parece-me que teremos relação mais próxima brevemente.  

4. Um passo que sublinharam que nunca deveria ser descurado (e que, confesso, não faço muitas vezes) foi a aplicação do pó, por cima da base. Em primeiro lugar, usaram o Invisible loose setting powder universal, translúcido, que é a coisa mais leve e aérea que alguma vez vi. Não sei como se porta com fotos de flash, mas confesso que, nesta primeira abordagem, é muito mais fininho e de toque mais perfeito do que o da Make up Forever que tenho. De seguida um pózinho perlimpimpim para aquecer uma cara acinzentada do Inverno, mas não demasiado, um matte radiance powder, aplicado com a finishing brush, que lhe deu um ar muito leve e natural. Com aquele tom e brilho que vêm de dentro, se é que me entendem. Segundo me explicaram, o primeiro pó é essencial para os outros pós de cor assentem de forma natural, sem se agarrarem aos produtos líquidos e formarem aquelas manchas mais pigmentadas que algumas vezes vemos por aí. A verdade é que esta filosofia do flawless skin, a pele perfeita, da Laurinha é uma das melhores que já tive a oportunidade de experimentar e, não fossem todos os produtos de acesso mais dificultado, sem existir balcão em Portugal e sempre sem promoções, podem crer que já estavam todos com o seu lugar devido, no grupo dos mais queridos, na minha colecçãozinha de maquilhagem. Até o pincel foi apreciado pela minha pele, que se pela (salvo o trocadilho) por umas carícias com cerdas das boas.

5. De seguida, passaram para a maquilhagem. Nos olhos, um Caviar Stick em Sandglow, lindíssimo, um cobre com toque caqui, que fica perfeito como base de uma série de sombras, ou sozinho, no Verão. Já pus à prova os meus mini caviar sticks em ambientes bem húmidos, como jacuzzi e piscina aquecida, e os meninos não mexem, de todo. Daqui a nada, testo-os na humidade brasileira e, se forem tão bons quanto estou a pensar, toca a exigir a Laurinha por esses lados que serão, sem dúvida, produtos indispensáveis para dias em que a maquilhagem menos resistente escorre pela cara. Por cima uma sombra, um eyeliner, um rímel e já está, bem simples.

6. Como blush, aplicou o Barely Pink, um Second Skin Cheek Colour que fica discreto e muito natural, com um pincel cheek colour da marca, que eu adoro (mais uma vez, confesso). Segundo Benjamin Ruiz, a Laurinha não gosta do blush “esticado” para cima, como se faz para dar um efeito lifting, mas sim esbatido, de forma muito natural, nas regiões onde normalmente enrubesceríamos, sem subir muito.   

7. Para iluminar o rosto usou o Golden Shimmer, o pó que vem na Luxe Wardrobe, por toda a cara, com o pincel finishing também. Admito que tremi quando ele disse que se poderia fazer assim, dado que, com todos os pincéis que tenho, o resultado ficaria mais próximo do dourado Xerxes, do 300, do que de um glow natural. Mas com o pincel que usou, tiro o chapéu, ficou muito bem.

8. (Já me ia esquecendo) Nos lábios, depois de um creme de hidratação SOS, de tão secos que estavam, que até me pareceu interessante, mas usá-lo-ia apenas à noite, se o comprasse, aplicaram aquele que, provavelmente, é o baton mais parecido com o tom dos meus lábios, o crème smooth lip colour em Spiced Rose . É, por isso, um nude perfeito para lábios naturais, mas embelezados, com ar de hidratados. Estava a usá-lo numa das fotos que publiquei no Instagram, para ver do que falo. Não é um baton de longa duração, devendo ser reaplicado ao longo do dia, já que aguenta umas quatro horas nos lábios, sem comer nem beber, e não mais. A mim isso não me incomoda, mas há quem prefira fórmulas mais duradouras.  

No final, ainda ficámos a falar das maravilhas dos Shimmer Blocs, dos mais apreciados pelo Benjamin Ruiz. Tanto servem como sombras de olhos, iluminadores ou blush, sempre com um pó fininho e luminoso, sem glitter em demasia. A minha adoração é pelo Golden Mosaic, que virá morar comigo muito em breve, mas os outros são igualmente bonitos.  Para quem gosta de produtos multi-facetados, que sirvam para vários propósitos, especialmente o de manter uma bolsinha de maquilhagem simples e eficaz, e não se incomode com algum brilho, palpita-me que este deva ser um daqueles produtos que vos faria muito feliz.  

A Laura Mercier, cujo balcão ainda não chegou a Portugal, pode ser encontrada em alguns espaços parisiences, entre os quais o Bon Marché, ou, online, na Space.nk, com entrega em terras lusas. Os preços nos Estados Unidos são os mais convidativos, pelo que, se forem até lá, ou se conhecerem alguém que vá, aproveitem. Só há o grande inconveniente de não conseguirem ver os produtos para a pele que vos assentarão na perfeição, mas, com alguma pesquisa na net e algum conhecimento sobre tons e texturas, talvez acertem à primeira. 

Entretanto, vamos pensando positivo e com força para que a Laurinha decida comercializar para Portugal e Brasil, a preços simpáticos, próximos aos dos Estados Unidos. As peles lusófonas agradecerão com pompa e circunstância, embelezando-se alegremente.


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