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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Nova Iorque | Guia útil de mão da Lonely Planet


Há algum tempo que eu desejava ir a Nova Iorque. Anos, direi. Mudaram-se casas, projectos e até de possíveis companhias para a dita viagem, mas a vontade sempre ficou. Firme e com a mesma convicção de que a cidade me iria apaixonar. Ou maior, até, que, com o passar do tempo, os filmes vistos e os milhentos programas sobre o que ver, visitar, comer, e por aí adiante, o desejo só aprimora, adensa e cresce como se a cidade já fosse nossa. 

Quero com isto dizer que foi com muita antecedência, aviso prévio e muita organização que se planeou a viagem do mês passado? Nã... Nada disso. Aproveitando a nossa disponibilidade mais flexível este ano, foi num ápice que encontrámos uma viagem abaixo de 400 euros, entrámos em contacto com a minha amiga que mora por aqueles lados (obrigada mais uma vez, A., sem ti não teria sido possível), e zás trás, viagem comprada. Isto em plena fase de mudanças para Paris, onde todos os dias, incluindo fins de semana, eram passados a trabalhar ou a receber visitas simpáticas, que nos ocupavam (e muito bem) o tempo que poderíamos ter para planear convenientemente a viagem. 

Confesso, desde já também, sem qualquer pudor ou timidez que, na mesma medida em que sou totalmente control-freak (assumidamente, o que é um primeiro passo para tratar qualquer obsessão) ao nível profissional, acabo por relaxar muito mais nas férias e deixar que me guiem. De forma flexível, que não sou pessoa para guiões rígidos nem muito cheios, que me impossibilitem uma das coisas que mais gosto de fazer quando viajo para algum lado; respirar a cidade, observar as gentes, sentir a vida dos espaços, das pessoas, comer o que comem, andar pelas ruas menos turísticas, pelo quotidiano do quem por lá fica quando todos os habitantes de passagem se vão embora. 

Moro, contudo, com alguém que me completa (até) nisto. Ele adora guias, mapas, roteiros, com os quais aprende mais sobre a história dos sítios que visitamos, sobre dicas de restaurantes e espaços de paragem obrigatória, sobre os passos que outros já deram e que aconselham. No final, acabamos por nem ir completamente à toa para perdermos muitas coisas extremamente interessantes, nem tão presos ao turístico que nos esqueçamos de parar a saborear o clima e a observar os transeuntes. É uma situação win-win (que, na primeira viagem feita a dois, teve uma fase de adaptação menos simpática, mas que agora é natural). 

Por isso, e de há uns anos, poucos, para cá, compramos sempre um guia, que levamos em viagem, para nos acompanhar. Desta vez, e acho que a partir de agora terá preferência, optámos pelo da Lonely Planet. Com menos fotografias do que outros, nomeadamente aqueles mais famosos, os branquinhos, acaba por ter mais dicas e informações úteis sobre o que vamos visitar. Alia ainda uma vertente mais cultural às dicas, ao contrário de outros como o Frommer's, mais prático. Como a intenção é conhecer, in loco, os monumentos, restaurantes e afins, e registarmos com a nossa máquina a nossa presença lá, achámos que o que o outro tinha de vantajoso, não traria qualquer vantagem para nós. Queríamos mesmo algo que nos auxiliasse, não que fizesse a visita por nós. E assim foi. 

Separado por bairros e muito bem organizado por temáticas (viagem com família, para shopping, alternativo, etc.), consoante a vontade do freguês, diz-nos onde ir e quando é melhor ir. Dá-nos sugestões, indica faixas de preços, à medida de cada carteira, e ainda propõe roteiros curtos, para quem for fazer alguma visita de quatro dias. Com cinco grandes temas principais -- onde comer, comprar, sair, o que ver e desporto -- apresenta-nos, de forma clara, os imperdíveis de cada região da cidade, para que não percamos o que ela tem de melhor.  E ainda acrescenta dicas para quem quer ter uma experiência de residente, para quem se quer sentir um verdadeiro New Yorker durante uns dias, fugindo dos lugares meramente voltados a turistas. 

O mapa geral da cidade, destacável, e os menores, por secções, foram essenciais na nossa exploração de Nova Iorque que, não sendo das cidades mais difíceis para nos orientarmos, também precisa de algum tempo para se dar a conhecer e parecer menor labiríntica. Fiquei realmente bastante satisfeita com o senhor guia, fiquei.  

Nas próximas semanas partilharei convosco tudo o que achar que possa interessar desta nossa viagem de nove dias. Confesso que a organização da informação, mais que muita, ainda não está totalmente definida, mas irei, com certeza, por partes temáticas, tentando não me esquecer de pitadinha. :) 
   

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