Não gosto de invertebrados. Não dos do chão, animais, que rastejam pela sobrevivência, por mais feios que sejam, mas daqueles que, em duas pernas, se erguem de forma escorregadia, adaptando a sua forma à dos demais, que querem agradar, sem coerência. Desses.
Dos que não se preocupam em cuidar daquilo que são, desde que o sejam naquele momento, com aquele fim, independentemente de terem sido outra coisa, noutro contexto. Dos que não assumem. Dos que não têm o que assumir, que a própria existência é um grande ponto de interrogação pronto a servir as vontades momentâneas de outros, para os outros. Mesmo que se contradigam.
Dos que não têm coluna vertebral de ideias, convicções, opiniões e pensamentos. Porque defender algo pode trazer inimizades. Dos que são um enorme boneco fugidio no qual não se pode confiar, nem esperar algo de lógico. Desses.
Me senti muito invertebrada lendo seu texto... :(
ResponderEliminar:) Cristina, não seja assim, nunca a ouvi dizer hoje uma coisa porque está a falar comigo e amanhã outra, completamente oposta, porque está a falar com outra pessoa. :)
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