foto: disney.wikia.com |
Finalmente fui ao cinema ver a
Maleficent, semanas depois de estrear, já em 2D (como preferia), com
olhos carregados e tshirt da Evil Queen, que há qualquer coisa nos
vilões tradicionais que sempre me puxou mais do que nos heróis sem
sal. Babei pelo baton da Angelina Jolie do início ao fim e saí de
lá com a nítida sensação que, a ser alguma personagem ficcional,
seria sempre algo parecido com esta Malévola, que voa, que sente,
que se revolta, que parece mais humana que dezenas Auroras, sempre a
rir, sempre alegres. E que se veste e maquilha muito melhor!
Vejamos, também, como ela, perco a
minha luz quando sou colocada numa situação em que fico sem asas,
sem ter como nem onde me movimentar livremente, descontraidamente,
sem ter de olhar para o lado em constante sensação de perigo, sem
me sentir plenamente segura e confiante no caminho que estou a
percorrer. Sem asas também me fecho nos lugares mais tenebrosos da
minha alma, os mais escuros, procurando razões e formas de sair
dali, sem conseguir voar dali para fora, como tão bem sei fazer. E a
angústia apodera-se de mim, e os dias ficam mais cinzentos, e o Sol
não brilha com a mesma intensidade. Porque me deixei arrastar,
porque fui obrigada, porque não é com ferro que se condenam todas
as criaturas aladas. Em silêncio.
Portanto, ponham-me um baton vermelho
daqueles, prendam-me num espaço do qual não posso ver além das
nuvens e sim, seria uma Malévola facilmente, com olhar atroz e
sarcasmo nos lábios. Sobre o filme, não é brilhante (embora eu adore fantasia e tenha adorado ver este no cinema), mas vale quanto mais não seja pela caracterização fantástica da Angelina Jolie.
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