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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Tarte | Power Couple Amazonian Clay Bronzer & Blush


Desde que perdi dois duos de bronzer e blush dos quais gostei imenso, um da Guerlain, da colecção de Emilio Pucci, do Verão de 2012 e o na época estival anterior, da Dior, que ando mais atentamente à procura de um compacto destes, para me acompanhar em viagens pequenas, quando o limite de peso da mala dita assertivamente o que podemos levar. É um conjunto prático, especialmente no Verão, quando a pele está em melhor estado e um leve toque de Sol (para uniformizar o tom do rosto e do corpo) e de cor a aprimoram ainda mais.

Por isso, quando encontrei, online, este Power Couple, da Tarte, com boas críticas e a um excelente preço (com o desconto que uma amiga conseguiu. Muito obrigada, M.!), pu-lo logo no carrinho, que, desta vez, não iria deixar a oportunidade escapar. A marca ainda não está acessível em Portugal, mas conseguem comprar os produtos através do site oficial da marca ou Sephora americana, para os Estados Unidos, ou desta última, para o Reino Unido. Eu aproveitei a minha viagem a Nova Iorque (suspiro, suspiro) para o trazer comigo e testar a tão badalada Tarte.


Este "casal poderoso" vem com o aclamado bronzer Park Avenue Princess e o famoso blush Dollface, ambos com base no ingrediente-rei da Tarte, a argila da Amazónia (Amazonian clay).  Esta edição limitada, apenas à venda no site oficial da marca, custa cerca de 24 € e oferece 7 gramas de pó em cada metade (logo 14g), o que a torna realmente aliciante, especialmente se a compararmos com o tamanho de outros como o novo da Clinique (3,5g), os Radiance, da YSL ( 4g), os cremosos da Chanel (2,5 g), ou mesmo os da MAC ou Guerlain, ambos com 6 g (isto só para referir os que tenho aqui ao meu lado).

O Park Avenue Princess, que, no site, a Tarte classifica como mate, é um pó bronzeador quente, fino (mas não amanteigado), que se aplica com muita facilidade, sem parecer artificial, esbatendo-se e misturando-se com a pele de forma muito natural, sem ser minimamente laranja. Agora, não é, de todo, baço. Pensando, inicialmente, que poderia haver transferência de micro purpurinas do pó ao lado, usei-o várias vezes, passando com convicção o pincel (para retirar o brilho e não para passar depois na cara, já que é realmente pigmentado e uma mão leve basta para o tal efeito beijado pelo Sol) em todo o bronzer. O brilho continuava lá. Na pele, confesso, o máximo que faz é dar uma luminosidade à pele, pelo que eu continuo a gostar imenso dele, especialmente quando a minha tez acorda mais fosca e pálida. Mas, em dias em que está mais radiante, o clima está mais húmido, ou quando quero algo totalmente mate, não posso, de forma alguma, recorrer a ele.

O Dollface é um blush rosa clarinho, que o meu leigo olhar diria mais para o frio, também com algum brilho (micro, infinitamente mais discreto do que o do Orgasm, da NARS, para quem conhece, ao pé do qual parece mate), mas muito natural. Em combinação com o bronzer, dá efectivamente um toque de cor à pele mais morena, sendo perfeito como blush do dia a dia (caso só queiram ter um), para quem preferir algo mais subtil. É, como o colega do lado, um pó muito fininho, que se esbate facilmente na pele, sem acumular.

com luz artificial

com luz natural
Usei a combinação repetidamente, com e sem primer, com bases em pó, mousse e líquida. Não sei se a promessa das 12 horas de durabilidade da Tarte se aguentará efectivamente com um spray de fixação (que, na verdade, faltou), mas, com qualquer uma das experiências, no final de 8 horas, ainda mantinha um ar saudável e de luz, na pele, desvanecendo um pouco, especialmente o Dollface. Passadas 10 horas (portanto das 9 às 19, num ambiente mais húmido), ainda havia um toque do bronzer, mas o blush quase não se via. No final de um dia mais comprido, ambos não me deixavam totalmente, mas não mantinham a mesma prestação, de forma alguma. Agora, se são daqueles que não precisam de retoques constantes e podemos confiar e nos esquecer deles? São, sim senhora!

Eu sei que pode ser frustrante lerem sobre um produto que não é de acesso fácil (não fosse alguém ficar com uma vontade enorme de correr desesperadamente para lhe pôr a mão), mas pode ser que conheçam alguém que vá ou que more nos Estados Unidos, que vos possa enviar. Ou podem vocês estar a planear uma visita àqueles lados, vá. O site da Tarte aceita os cartões de crédito internacionais, mesmo com morada em Portugal ou no Brasil, o que facilita imenso a compra (acreditem, tentei várias vezes, em vão, comprar no site da Sephora americana com o meu cartão português e só aceitou o francês, ou o brasileiro). Pelo preço que custa, vale muito a pena.





Sopa creme de batata baroa

por Carol Vannier

Nenhuma grande novidade, um creminho de batata baroa pra um jantar fácil, sem muita carne (mas com alguma, porque um baconzinho cai bem na sopa), aproveitando sobras de laticínios na geladeira: umas duas colheres de requeijão esquecido, um queijo que já foi acampar e voltou, e um creme de leite que contribuiu com duas colheres, mas ainda sobrou pra próxima rapa.

O bacon por aqui já é arroz de festa, temos sempre, desde que compramos uma barriga inteira e congelamos aos pedaços. Sábia decisão! Então pra essa sopa só faltava mesmo a batata baroa, o resto todo tinha em casa. É bom lembrar que nem sempre um prato com uma carinha especial precisa de muita confusão.

A salsinha entrou pra enfeitar, mas como todo enfeite é supérflua. Mas se você gosta de ter sempre um pouco de salsa (ou outras folhas frescas) à mão, lave o maço assim que chegar com ele em casa e seque bem numa centrífuga de salada ou com um pano limpo ou ainda com uma centrífuga arcaica feita de panos: faça uma trouxa, vá para a varanda e gire a trouxa como se não houvesse amanhã. Depois de seco, guarde num pote ou saco fechado na geladeira, com uma folha de papel toalha pra absorver alguma umidade remanescente. Dá muito certo!



Para essa sopa, eu comecei como a maioria das sopas que eu faço, refogando uma cebola imensa e bastante alho, uns 4 dentes. Depois de bem dourados, entra +- 1kg de batata baroa descascada e picada em pedaços grosseiros. Coloco sal e pimenta do reino e cubro de água. Cozinho por 20 minutos, até as batatas ficarem bem macias. Enquanto isso pico bacon em cubinhos e frito até ficar crocante. Escorro a gordura e seco em papel toalha. Bato a sopa no liquidificador (mas usaria o mixer de mão/varinha mágica, só que o meu quebrou) e volto pra panela pra misturar os laticínios disponíveis. Provo pra acertar o sal. Sirvo com salsinha e bacon :)

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Desejos de uma vida # 1

Ver o Cinema Paraíso (a versão que saiu pela primeira vez em 1989, não a extensa), num cinema mais tradicional, cheio de gente a rir às gargalhadas do Toto e de lenço húmido das lágrimas na mão, no final, a fazerem-me companhia. 

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Brasil | Acampar no Parque Estadual do Ibitipoca

Se há coisa que muitos (e, felizmente, com o crescimento económico do país, cada vez mais) brasileiros fazem muitíssimo bem é aproveitar os fins de semana alargados, os feridões, para conhecerem melhor o próprio país. O "vá para fora, cá dentro", num país que tem tanto de extenso, quanto de diversificado e eclético -- cultural, social e geograficamente falando --, ainda é norma para quem quer (e pode!) aproveitar uns dias diferentes, longe da vida frenética das grandes cidades. Todos ganham; o turismo cresce, a pessoa relaxa, o dinheiro flui, a economia movimenta-se (vá-se lá entender os políticos em Portugal, que acham que é mais produtivo cortar com todos os feriados e deixar os trabalhadores, descontentes, oito horas, num dia tradicionalmente não-útil, cortando as asas a quem quer conhecer o país, a quem recebe mais turistas nessas alturas, aos fluxos que nos unem... Mas enfim, isso seriam outros quinhentos para outro post, daqueles a acompanhar com chá e bolachas, não este. E não sou economista.).  

No último, fomos até Conceição do Ibitipoca, no município de Lima Duarte (isso, como o actor) - Minas Gerais, com cerca de 2000 habitantes, a sensivelmente quatro-cinco horas do Rio de Janeiro, de carro. Acampámos no Parque Estadual, a três quilómetros da Vila, num lugar remoto, limitado a poucas tendas, que abraça a natureza e nos desliga do mundo. Foram quatro dias sem internet e, a não ser pelo telefone português, em roaming, que lá ia apanhando, no cimo da montanha, a Claro (operadora brasileira), a rede/o sinal de Oi, Vivo, etc., ficou para trás, na portaria, convidando a dias longe das modernidades tecnológicas que nos unem ao mundo que não está e nos separam daquele que está. Apesar da reticência inicial, e deixando todos os posts programados, na Salinha, confesso que foram dias que me fizeram muito bem, e me mostraram que consigo, ainda, passar um tempo sem telefone, tablet ou computador na mão, e não tenho ataques de pânico por causa disso. Pelo contrário. 

O Parque, bem organizado, oferece várias opções de trilhas e passeios, mais ou menos curtas, para o visitante aventureiro. No primeiro dia, cansados da viagem, o máximo que conseguimos fazer foi passear pela Prainha e mirante mais próximos. Por aqui tem escurecido por volta das 17:30-18:00, o que, num parque com pouca luz eléctrica, significa que as actividades têm de se adaptar às horas do Sol, sob pena de ficarmos num caminho desconhecido, à noite, apenas com a ajuda de uma lanterna (objecto obrigatório quando se vai acampar até Ibitipoca!). Deslumbrados pela beleza da Serra que nos envolvia, com tendas/barracas montadas, jantar feito com a ajuda de um pequeno fogareiro de campismo, panelas e outros utensílios de cozinha que levámos, passámos a primeira noite no Parque, onde ficámos deslumbrados com o céu estrelado, onde se via claramente a via láctea, várias constelações e planetas. (Se me permitem um conselho, levem roupas quentes e sacos-cama /de dormir quentinhos, muito quentinhos, porque, mesmo agora, ainda no Outono e com vinte e muitos graus durante o dia, a noite é de bater o dente, continuamente. Eu sou, francamente, a pessoa mais friorenta que eu conheço, especialmente à noite, portanto sinto sempre mais frio do que os que me rodeiam, mas, quando, de manhã, todos se queixaram do mesmo, vi que era, de facto, algo para o qual nenhum de nós estava realmente preparado. E olhem que levei roupa quente para o frio brasileiro, mas nem ela me salvou. )


No segundo dia, "no susto" (já que a caminhada era longa e a dúvida da nossa resistência era grande), aventurámo-nos pela trilha mais longa e exigente do Parque, a da Janela do Céu. O início, numa subida longa, com caminho que alterna entre a terra arenosa e a pedra, com vegetação rasteira e pouca sombra, foi, para mim, o que mais custou, embora o tivesse feito bem. O Sol da manhã ainda não era muito forte (nem imagino como será este caminho em pleno calor do Verão) e as pernas ainda estavam frescas. Muito bem sinalizada, ao longo da trilha podemos ver grutas, mirantes, espaços verdejantes e mais secos, mais ou menos agrestes, culminando no topo de uma cachoeira, do qual vemos a imensidão da paisagem e o céu. Os mais fortes mergulharam na água gelada da pequena piscina natural, formada pela água que aí aguarda até cair, pela Janela, continuando o seu curso. Eu molhei as pernas e tirei fotos, e já fiquei muito orgulhosa comigo mesma. Almoçámos umas sandes lá em cima, bebemos água de uma nascente próxima, antes de descer, por outro lado, mais fácil (afinal, "para baixo todos os santos ajudam"), e, passadas sete horas, estávamos de regresso ao camping, exaustos, mas muito satisfeitos e cheios de histórias para contar (especialmente as crianças, duas, que estavam connosco, e que aguentaram e se portaram heroicamente). Tomámos um banho merecido, quentinho, nos balneários/ banheiros do camping (bons para o que são), jantámos uma sopa encomendada na lanchonete no dia anterior, assámos uma linguiça e uma calabresa, e "descansa, corpo santo".
  

No sábado, os músculos relembravam o "susto" do dia anterior. Depois de mais uma noite fria, acordámos para um novo dia de caminhadas, desta feita até alguns pontos naturais mais próximos do parque de campismo, tendo a Cachoeira dos Macacos (vá-se lá entender o porquê do nome) como meta. Passámos pela Ponte de Pedra -- um enorme buraco escavado pela Natureza no monte de pedra, que se pode atravessar por baixo ou por cima --, por vários mirantes e chegámos a mais um oásis plano, entre quedas de água, numa harmonia entre pedra e rio, onde nos podemos deitar, sentar, ou sentir a força da queda nas nossas costas. A água estava menos fria do que na Janela do Céu, mas não estava, de todo, convidativa à entrada demorada sem tremeliques ou pele roxa. Quem não sofre de vertigens (como a minha cabeça, que quer ir mais além, mas é impedida pelas pernas que ficam bambas e ameaçam rebelar-se), conseguirá ver ainda uma pedra esculpida em forma de cubo, a Pedra Quadrada, e apreciar, mais uma vez, o horizonte que se perde por montanhas verdejantes e imponentes. Não sei se o regresso, quase sempre a subir e com muito menos sombra do que a ida, foi mais difícil pela fome, o cansaço acumulado, ou a inclinação do terreno, da qual o corpo já se sentia estafado. Mas, depois de um almoço tardio no buffet do restaurante do camping (no seu geral mais caro do que merecia, vá, mesmo sendo o único e a comida até fosse boa), a vontade de percorrer a outra trilha que nos faltava, para o Lago dos Espelhos, foi deixada, por alguns, para a manhã do dia seguinte, antes de arrumar tendas e seguir viagem, até ao Rio de Janeiro e Niterói. 


Quarto e último dia, que segunda feira já se trabalhava, foi muito mais relaxado. Fazendo a caminhada em falta, pelo Lago dos Espelhos, o Lago Negro e a Ducha, que afinal era muito mais curta do que, pelas contas feitas aos quilómetros, com o mapa na mão, nos fazia prever, dissemos um até breve ao parque e a Ibitipoca (cuja explicação do nome podem ver aqui). No primeiro, uma pequena praia de areia grossa, com um laguinho para onde cai uma cachoeirinha, apenas dois corajosos mergulharam; o cedo do dia e a sombra ainda não tinham deixado aquecer água e corpos para tal. O segundo, negro da profundidade do lago, era o menos convidativo e a Ducha, ponto final, onde ficámos mais tempo, a apreciar a fauna e flora do lugar, foi onde alguns aproveitaram para se despedir das cachoeiras. Em três horas, estávamos de regresso ao camping, arrumámos tudo nos carros, comemos um bolinho de aipim na lachonete, uns com carne, outros com queijo minas (o meu favorito) e seguimos viagem. 


No caminho Rio - Parque do Ibitipoca - Rio, houve ainda três paragens, duas delas que são, sem dúvida questões, nem contra-argumentos (sou assim, déspota), obrigatórias; a Casa do Alemão e o Pão de Canela da Dona Maria. A primeira, na saída ou chegada ao Rio, é famoso pelos croquetes e o pão com linguiça, ambos muito bons. Agora, as sandes que fazem com pão brioche, são de comer e chorar por mais. À ida, comi com queijo minas (de lamber os dedos e ficar com pena quando se dá a última dentada), que é um assombro de sanduíche, com uma quantidade de recheio assombrosa; no regresso, para um lanche com ar de jantar, optei por uma, recomendada por uma gulosa mais experiente, de lombinho fumado/defumado, e tive vontade de pedir a receita do brioche (cuja massa parece levar queijo, mas que tem algum segredo, com certeza), para fazer em casa. Di-vi-nais! Assim, sem mais comentários. 


A segunda paragem, à porta do Parque, no caminho entre a vila e a portaria, foi indicada, com fortes recomendações, pela veterana nos passeios a Ibitipoca, do grupo. Há mais de 15 anos que a Dona Maria vende o seu Pão de Canela, agora acompanhado por pães de banana, goiabada, coco com leite condensado (R$4/ 1,3€ cada) e broinhas de milho (R$0,50/0,16€), a quem sobe até à serra. Quentinho, preferi o de banana, mas o de canela aguentou para os pequenos almoços /cafés da manhã seguintes, mantendo todo o sabor. Parem, é o que vos digo, na Dona Maria, as pessoas que vos atenderão na janelinha da casa familiar são muito simpáticas, e o pão é delicioso. 


Parámos ainda no Armazen de Minas, tanto na ida, quanto na volta, onde comemos um pão de queijo, quentinho, delicioso, com pedaços de queijo derretido, e aproveitámos para comprar doces de leite caseiros, figadas e vários tipos de queijo (desculpem a repetição, mas não é à toa que Minas dá o nome a um deles, muito conhecido). Em Lima Duarte, é um óptimo lugar para abastecer, dar uma mangueirada ao carro todo empoeirado, no regresso, e comprar umas lembranças. Foi aqui que vimos o creme para pés, mãos e cotovelos de Sebo de Carneiro, que vos mostrei no Instagram

Quatro dias sem internet depois, o balanço resume-se a "quero voltar, várias vezes, mas levarei sacos cama e roupa para a noite muito mais quentes". É um passeio que se faz em grupo de amigos, adolescentes, adultos e até em família, para que as crianças comecem a apreciar o campismo, a natureza, a vida longe do movimento que nos aproxima e isola, das cidades. 

Aqui estou eu, o chapeuzinho amarelo, na foto. 


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sou esquisitinha, sou! # 1

Coisas das quais não gosto* (primeira leva, levezinha, para começar) : 

1. Ventoinhas ou ar condicionado, especialmente quando estão tão fortes que tenho de vestir um casaco só nas divisões onde os apanho (ou nos autocarros aqui no Rio, onde alguns parecem chegados do Pólo Norte);
2. Que achem que tenho botões on-off para não ligar a coisas que, de facto, incomodam até ao ser mais pacato e blasé do Mundo. Se a minha tolerância e paciência fossem como aparelhos auditivos, acreditem que seria a primeira pessoa a desligar barulhos indesejados; 
3. De misturar vermelho e rosa. Para mim não combinam, não ficam bem e arrepiam-me toda. Pronto, está dito.
4. Da forma como algumas pessoas se sobrestimam, enquanto subestimam a inteligência alheia. Não tenho paciência para egos inchados e vaidades sem fundo, muito menos quando tudo faz parte de teatros e jogos de manipulação; 
5. De feijão-verde e agrião. Torço o nariz a filhotes de animais e a couve flor. A baba do quiabo incomoda-me imenso. O resto como tudo. 
6. De quando os guionistas das séries que vejo decidem mudar a coerência narrativa das personagens e do estilo. Adoeçam-me uma personagem de uma série cómica e vejam-me a atirar com um chinelo à televisão. Se quisesse ver desgraças e drama, procurava outros géneros. (Responsáveis do HIMYM, isto é especialmente para vocês (mas não apenas)!) 
7. De cabelos todos iguais, com o mesmo corte, o mesmo estilo, sejam todos lisos, ou todos com babyliss. De fotocópias na rua e margem curta de manobra para cada personalidade. Ser-se bonito, elegante e moderno não pressupõe apenas uma forma de pentear o cabelo (que curto também pode revelar uma feminilidade sensual);
8. De água fria. Independentemente do calor que esteja na rua. Tirem-me o banho quentinho da manhã e sentem-se a apreciar o espectáculo, que em poucos minutos viro um bicho rezingão. 
9. De adultos demasiado infantis e crianças demasiado adultas. Há tempo para tudo. Para brincar, para ser sério, para crescer e, principalmente, para se conhecer, compreender, melhorar o que queremos, sem copiar ninguém. Ser autêntico, honesto com o que se é, é saudável e faz bem à saúde (nossa e dos outros). 
10. De fazer compras no supermercado. Há pessoas a quem o passeio com o carrinho pelos corredores de produtos, avaliando promoções e bons negócios, acalma, outras que detestam perder tempo a analisar o que falta em casa. Estou no segundo grupo. Sem lista e metas concretas, então, não me verão com certeza num continente, modelo, pingo doce, carrefour, franprix, extra, guanabara, real ou qualquer outro, em qualquer parte do mundo.  


* de dez em dez, que isto de andar atenta faz-me não gostar de demasiadas coisas. 

(o blog Coisas & Cenas partilhou a listagem (em vários posts) de coisas que irritam. Apesar de diferente, fica a referência da inspiração, dado que foram posts que me fizeram pensar, especialmente, no quão simpática é a partilha destes pormenores que fazem de nós, nós. Mesmo os feios, para equilibrar a beleza da coisa.) 
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