por Carol Vannier
Se não fosse uma logística tão complicada, eu adoraria fazer meu próprio sorteio na Salinha: uma palette de sopas! O ganhador ou ganhadora receberia em casa potinhos com porções individuais de sopas, uma de cada cor que eu conseguisse imaginar hahaha.
Confesso que o meu festival de sopas particular foi muito motivado por um certo vestido justo (que eu, inexperiente, deveria ter mandado fazer um pouco maior). Mas não quero aqui ser mais uma a hastear a bandeira das dietas loucas. Aliás, muito longe disso: quero aproveitar pra declarar meu horror às dietas loucas. Eu tomo sopa porque gosto de sopa. E minhas sopas têm queijo, manteiga e tudo mais que eu gosto. O que acontece é que dentro do espectro das coisas que eu gosto de comer, as sopas estão na parte mais light, então se eu quero manter um equilíbrio, elas entram fazendo o contrapeso aos chocolates, pizzas e afins. Pra mim, a palavra de ordem de uma dieta, e que não serve nada como palavra de ordem, por não conter nenhuma instrução exata, é equilíbrio. Por isso mesmo equilíbrio não virou produto, não vende nem na farmácia nem na estante de auto-ajuda da livraria. Mas dietas malucas vendem. E isso é mais um motivo pra se desconfiar delas. Mas quem sou eu pra falar? Vamos falar de comida então ;)
Na minha palette temos a sopa laranja-vivo, a rosa-arroxeado e a verde-desmaiado. Minha favorita foi a laranja, provavelmente porque amo batata baroa/mandioquinha.
Mas tem pra todos os gostos. Espero que alguma faça a sua cabeça!
Para quase todas as minhas sopas eu começo dourando cebola e alho, e às vezes tomate, picados grosseiramente. Às vezes na manteiga, às vezes no óleo. Sal e pimenta do reino entram sempre, fartamente. Recomendo que cada um adapte isso aos próprios gostos. Os legumes vêm depois, e podem ser dourados também antes da água chegar. Isso reforça o sabor deles na minha opinião. Temperos especiais, que não sejam ervas frescas, entram nessa hora também, para o calor ajudar a liberar os sabores.
Essas sopas foram feitas ou com água pura, ou com caldos prontos que eu considero preciosidades por não conterem glutamato monossódico (isso rende todo um outro post), e serem só levemente salgados. Só que não vendem no Brasil :(
Mas água pura não tem mal nenhum. Às vezes usamos aqui em casa caldo de legumes caseiro que mamãe prepara pacientemente, mas é bem menos trabalho do que se possa imaginar. Se houver interessados, posso passar algumas dicas sobre isso.
Na hora de colocar a água, se quiser uma sopa grossa, tente cobrir levemente os legumes. Se quiser mais fina, cubra mais.
O cozimento da sopa é o mais fácil possível, pois acho que não existe sopa passada demais. É só ir cozinhando até ver que dá pra bater. Se esquecer no fogo, ela só vai evaporar mais um pouquinho.
Eu adoro aqueles batedores de imersão, porque despejar uma sopa quente no liquidificador é pedir pra uma catástrofe acontecer. Os batedores podem demorar um pouquinho até terminar o serviço, é preciso ter paciência, ou gostar de caçar os pedacinhos insistentes.
No final, vários enfeites podem vir a calhar: queijos ou requeijões (gorgonzola é o meu favorito), salsinha, cebolinha, manjericão, croûtons, creme de leite ou até pedacinhos de bacon bem torradinhos ;)
Sopa Laranja-Vivo:
Legumes: abóbora e batata baroa / mandioquinha
Temperos: noz-moscada, gengibre em pó
No final: salsinha num dia e gorgonzola no outro
Temperos: noz-moscada, gengibre em pó
No final: salsinha num dia e gorgonzola no outro
Sopa Rosa-Arroxeado:
Legumes: beterraba e cenoura
Temperos: tomilho seco
No final: cebolinha e creme de ricotta
Temperos: tomilho seco
No final: cebolinha e creme de ricotta
(podia ser menos desmaiado se as abobrinhas tivessem a casca mais verde)
Legumes: abobrinhas e ervilhas congeladas (poderia ser das frescas também, mas em lata não recomendo). Caprichada na cebola e no alho também. Se tivesse um aipo, também cairia bem.
Temperos: louro, tomilho e alecrim secos
No final: essa foi pobrinha...
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