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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Massa folheada

por Carol Vannier

Uma das minhas perdições culinárias, como boa viciada em carboidratos e amante fervorosa de manteiga é a massa folheada. Acho que é uma sorte que seja algo tão difícil de fazer, porque assim fico limitada a comprar pronta, o que nunca sai muito barato, ainda mais se escolhermos marcas de qualidade. Costumo comprar da Arosa, que vende rolos grandes, que acabam tendo um custo benefício melhor, e duram bastante no freezer. Pena que não se vende aqui massas como as pur beurre (massas só com farinha e manteiga sem nenhuma gordura hidrogenada) que eu comprava por uns dois eurinhos (olha o perigo!) nos supermercados franceses.

Antigamente eu fazia tortas fechadas, como se fosse um strudel, só que com recheios salgados. Até que vi por aí a idéia de fazer simplesmente a massa aberta, como uma pizza, só que muito melhor. Acho que a torta fica até mais bonita assim aberta, e usa menos massa, então o fígado agradece ;)

Os "recheios" podem ser variados. Se for botar queijo, não convém colocar muito, porque ao contrário da massa de pizza, a folheada já vem com sua dose de gordura. Então qualquer queijo deve entrar apenas como mais uma camada de sabor. Eu já fiz de tomate e queijo de cabra e ficou espetacular.

Na torta da foto abaixo usei um pouco de muçarela (escrita brasileira como o queijo em si, que não era nenhuma mozzarella) e berinjelas em cubinhos refogadas na frigideira antes de ir pro forno. (Use uma frigideira ou panela de fundo grosso, senão vai precisar de muito óleo para que as berinjelas não queimem antes de cozinhar um pouco.) O tempo de forno é até a massa dourar, o que é rápido, coisa de 20 minutos, por isso mesmo a berinjela já entrou cozida.

foto e torta improvisados 
Na falta de alguma erva seca ou fresca para dar um tempero especial, apelei para um Ras el hanout, que é um mix de temperos em pó do norte da África. Numa situação normal acho que usaria pimenta calabresa e tomilho seco, ou manjericão fresco depois de assar. Mas aí cada um sabe os perfumes que gosta :)

E claro que a sobremesa foi um mini strudel de maçã feito com a sobrinha da massa. Desse nem foto sobrou, mas caso alguém nunca tenha feito e queira uma dica, eu coloco, além das maçãs picadas (enquanto pico vou pingando limão para elas não escurecerem e também para realçar o azedinho que eu gosto), açúcar e canela sem exageros e uma pitada (literalmente, é só um pouquinho mesmo) de farinha ou maizena, que serve para "engrossar" o caldinho que sai da maçã, ou de qualquer fruta que você asse dentro de uma massa.

Para terminar, um lembrete (ou uma desculpinha) de que o equilíbrio não precisa estar em cada refeição, mas sim na sucessão de tudo que comemos, certo? Ou seja, próximo post é sopa!

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