Mesmo que não possamos acompanhar alguém numa viagenzinha, não há nada como nos trazerem pequenos mimos para matar saudades e reduzir a imensa pena de não termos ido. Não que haja algo que compense o passeio em si, que se há coisa que adoro fazer e na qual prefiro gastar o meu dinheiro é em viagens, mas pelo menos traz-nos um bocadinho, o possível, desses lugares até nós.
Duas semanas de alguém que me conhece muitíssimo bem numa cidade inglesa relativamente perto de Londres e em Paris significam, por isso, um saquinho cheio de coisinhas boas, memórias e alguns favoritos de sempre. Sem mais demoras, partilho convosco os meus presentinhos (e não, não quero espicaçar invejinhas de ninguém) e sugestões de souvenirs que podem trazer convosco ou pedir (assim, à descarada, se quiserem) a alguém que vá viajar.
De Inglaterra, já que não posso ir eu à Boots, manda-se alguém com uma lista com apenas dois produtos e, na falta desses, vêm outros, da Soap & Glory, que a conselheira diz que são iguais. Já testei a máscara Fab Pore, verde, num boião, numa pele com acne (felizmente não a minha) e confesso que gostei muito do resultado. Vamos ver como se porta no meu queixo em alturas críticas. Ainda não tive tempo de analisar bem como se usa o creme de limpeza Ultimelt, que veio substituir o Hot Cloth da Botanicals, mas assim que tiver chegado a alguma conclusão, contar-vos-ei tudinho.
Ainda na Boots, podem encontrar as Yankee Candles, velas das quais sou uma fã assumida e que não consigo encontrar facilmente em Portugal (se alguém souber de uma loja que tenha as de Natal, por favor, partilhe comigo que aquela que eu conhecia, em Lisboa, fechou). Os meus olhos brilharam quando vi um conjunto com vários aromas natalícios, a especiarias, como eu gosto. Difícil é conter-me para não as queimar todas, em filinha indiana.
Shortbread da Walkers em formato festivo. É preciso dizer algo mais?
Em qualquer viagem a Paris, é-me inconcebível não parar pelo Bon Marché e, logo ao lado, a Grande Epicerie. É uma espécie de supermercado gourmet, com produtos bestiais, como a Paris Cola (uma "coca cola" francesa, numa garrafa de vidro clássica e fantástica para continuar a usar com água, sumo ou o que se quiser, e, para mim, muito melhor do que qualquer outro refrigerante do género) ou o foie gras de excelente qualidade (consoante o preço, podendo chegar a 100 euros o frasquinho ou mais), entre tantos, tantos outros petiscos. Aficionados de temperos indianos e misturas de especiarias que somos, vieram logo cá para casa dois temperos indianos da Sharwood's, um para Tandoori e o Mild Curry, que durarão imenso.
Não é a melhor fotografia. Aliás, não há registo algum que faça jus a esta combinação de cores e sabores que fazem dos macarons da Pierre Hermé os meus favoritos de sempre. Há algo que genial na junção de aromas tão diferentes, como o maracujá e o chocolate preto, a laranja, a cenora e o chocolate de leite, sem desfazer os clássicos, de um só sabor, como as diferentes variações de cacau, o limão ou o caramelo salgado. O especial de Novembro, o Jardin Épicé, era absolutamente divinal, com uma mistura de pão de especiarias, caramelo e chocolate. A contenção para comer um só por dia está a ser uma verdadeira batalha.
Do aeroporto, ainda vieram três cadernos, bastante usados cá em casa, numa promoção de pague 2, leve 3. O primeiro, com páginas dedicadas a viagens, já está guardado para os próximos passeios, provavelmente já a três.
Sem foto, ainda veio uma barra de chocolate de crème brûlée da Lindt (óptima loja a visitar, também), que ainda está intocada (e que conto que permaneça assim durante algum tempo) e foie gras da Duc de Gascogne, supostamente um dos melhores de Paris, guardadinho para o jantar de Natal.
Assim sabe melhor ter de ficar em casa, quando sabemos que trarão pedacinhos de nós de outras paragens que são, também, nossas.
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