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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Vista Alegre? Worten? Façam listas (mesmo que não apreciem).

Eu nunca fui de Vista Alegre, nem Atlantis, nem nada que fosse de decoração do género. Não é o meu estilo, pronto. Afinal, há anos que ando de casa às costas, sem pouso fixo, e não antevejo que a situação mude nos próximos anos. Por isso, desde muito nova, que sempre recusei (e continuo a recusar) tudo o que seja prendas para casa e afins (que não tenham utilidade quotidiana).

Mas o casamento desperta, naturalmente, nos convidados a vontade de comprar coisas para a casa (mesmo a casa ou o estilo de vida tradicional que não se tem).  O que eu não sabia. Como nem eu, nem o noivo (muito menos ele) gostamos de artigos de decoração de cerâmica (por ele,usava só pratos e copos de plástico colorido e resistente), nem equacionámos essa opção. Quando a minha mãe me perguntou se eu não queria fazer uma lista, eu disse imediatamente que não, porque foi sempre a minha reacção a esse tipo de objectos, mas, no final, ela tinha razão.

Decidimo-nos, então, por algo diferente. Como a nossa vida é nómada, optámos por algo alternativo e abrimos uma lista numa agência de viagens para que, quem quisesse, pudesse contribuir para a lua de mel. A opção mais divertida, acessível e que mais combina connosco. A verdade é que, além das pessoas mais jovens e com uma mentalidade diferente (mais parecidos connosco), poucos foram os que alinharam. E arrisco a dizer que, em Portugal, talvez essas alternativas não resultem de todo.

A verdade é que acabámos, mesmo assim, por ter algumas coisas para a casa, algumas que vamos usar por serem extremamente práticas e/ou pequenas (ou que foram pedidas directamente, como um leitor de Blu-ray 3D) e outras que vão ficar na cave da minha mãe durante anos e anos.  É pena? É pois. É verdade que muitos pais têm armários cheios de coisas que os filhos, que casaram há anos e anos, nunca quiseram? É pois. A verdade é que isso acontece, mesmo que tentemos encontrar alternativas.

Por isso, e depois de todos estes testemunhos caóticos, digo-vos: Façam listas. Nem que seja de coisas que querem menos, mas façam. Coloquem uma ou outra opção para as pessoas serem direccionadas na hora de comprar e tentarem evitar os armários com coisas que não se adaptam ao que vocês são. Escolham artigos de diferentes preços que vos dêem jeito, vos sejam úteis e dos quais gostem, obviamente. Para que as pessoas possam escolher livremente dentro das opções que lhes dão. Todos ficarão mais felizes; vocês porque recebem prendas que quiseram, os convidados porque sabem que a prenda deles será bem recebida por vocês (porque acredito que ninguém gosta de oferecer coisas que nunca serão usadas ou apreciadas).

No meu caso, felizmente, isso não aconteceu com muitas coisas, e já passou. A cave da minha mãe não ficou assim tão mais cheia e, como nos meus aniversários, as pessoas próximas sabem que eu não sou do estilo de gostar de cerâmicas, porcelanas e afins, normalmente não me oferecem esse tipo de artigos.

Claro que são questões extremamente subjectivas, dependem dos gostos e vontades de cada casal, mas achei que seria bom partilhar convosco a minha experiência. Pode ser que alguém pense como nós e tenha convidados semelhantes. Não queremos ninguém pego de surpresa (porque até pode correr bem, como foi o caso das prendas de alguns amigos nossos, que acertaram, ou não). :)  

1 comentário:

  1. Eu nunca achei piada a listas (pedir o que quero? naaa), além de viver ha anos com o namorado e ter tudo em casa...não houve lista. Resultado...12 jarras de cristal atlantis e mais umas quantas outras peças atlantis e vista alegre que nunca vao sair das caixas. :((((

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