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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Bolo de cenoura

por Carol Vannier

Essa é uma das receitas mais antigas que eu faço. Aprendi em alguma das aulas de Educação para o Lar que eu tive na escola. Pra quem não conhece, no Centro Educacional de Niterói os alunos de +- 10 anos (de ambos os sexos!) costumavam ter (não sei se ainda têm) aulas que incluíam receitas simples e rudimentos de costura (bainhas e botões). Não lembro se tinha mais coisa, mas o que ficou na minha memória foram as receitas, claro. E o caderno dessa aula foi meu caderno de receitas por muitos anos depois disso.

O bolo esta mais ou menos naquela classe de "bolos de liquidificador". É que na verdade não precisa bater a massa toda no liqui, mas tudo começa nele, e não complica muito depois disso. Nível de dificuldade infantil mesmo. Eu costumo fazer num tabuleiro retangular pra aumentar a relação superfície/volume, e consequentemente a quantidade de cobertura, mas dessa vez fiz em forma de cupcakes para uma festa especial (essa é minha desculpa para o atraso no post...). Deu muito certo!



BOLO DE CENOURA
rende 1 tabuleiro de aprox. 40x25 cm ou 18 cupcakes

Ingredientes
Bolo:
2 cenouras médias (descascadas e picadas de acordo com o tamanho que seu liqui/processador aguentar triturar)
2 xíc. (400g) de açúcar
1 xíc. (200g) de óleo
3 xíc. (360g) de farinha
2 ovos
1 c. sopa de fermento

Ganache:1 barra de chocolate meio amargo (+- 180g) picado grosseiramente
2/3 de uma lata (200g) de creme de leite, misturando o soro

Preparo:
  • Bata no liquidificador/processador as cenouras, o óleo e o açúcar.
  • Passe para uma tigela e acrescente a farinha os ovos e o fermento.
  • Coloque num tabuleiro untado e polvilhado, ou em forminhas de cupcake (não precisa untar) e leve ao forno por 20 min.
  • Ganache: coloque o creme de leite numa panelinha e leve à fervura. Desligue o fogo e jogue os pedaços de chocolate na panela, mexendo bem até que todos os pedaços derretam. Espalhe em cima do bolo e espere esfriar para cortar.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

KIKO | Colour Shock, tom 107 Inspiration Emerald

Antes de mais, desculpem a ausência. Há momentos assim, em que a vida nos engole, o tempo encurta, e as prioridades têm de ser geridas. Em que os dias deviam ter 48 horas, a cabeça organizar-se em poucos minutos e as palavras fluírem em todas as direcções, com a mesma qualidade e rapidez de raciocínio. Ao mesmo tempo que se cultivam relações interpessoais, o convívio e os laços. Mas ainda não cheguei a esse ponto e acho que dificilmente chegarei.

Entretanto, e porque tenho este post em rampa de publicação há já demasiado tempo, tenho de partilhar convosco a minha adoração pela minha Colour Shock Long Lasting Eyeshadow da KIKO, antes que acabe o stock. Não são novas, já muito se falou sobre elas, mas, vamos lá, que mais vale tarde que nunca e pode ser que nunca tenham visto esta cor (quem sabe...) num comentário do género. 

Comprei esta sombra ainda em França, quando andava interessada em sombras creme de longa duração que aguentassem o clima húmido brasileiro. Sou francamente teimosa e, quando descobri que por aqui (que agora já estou no país tropical "lindo por natureza") se dava pouco valor aos produtos em creme, que se julgam mais propícios a brilhos e oleosidades (mesmo sem levar em conta acabamentos, vá-se lá entender), decidi provar que há alguns que são ainda melhores do que o pó, sem escorrer, e de longa duração. Foi nessa busca que, numa compra flash com alguém a cobrar-me os dois minutos (literalmente) que eu disse que demoraria, veio o tom 107 Inspiration Emerald, morar cá para casa (ou para a minha mala de viagens, que é o que mais sinto como tal).


Ainda na loja, quando tracei alguns riscos na mão, gostei imediatamente das cores, embora nenhuma me tivesse arrebatado por completo. Trouxe este verde realmente porque me pareceu um tom estival, para usar como um traço simples junto à raiz das pestanas, sem grandes confusões, que o Sol é bom é para aproveitar e não ficar uma hora à frente do espelho. A admiração e respeito pelas sombras vieram, por isso, apenas quando tentei apagar as queridas amostras da minha mão, que ia reunir a seguir e não pareceria bem ir com as mãos como quando fazia desenhos a caneta na escola primária (Se há coisa da qual a minha pele sempre gostou, foi de tinta colorida, apegando-se a ela de tal forma que não havia sabonete que resolvesse). O dedo, sozinho, não esborratou sequer os tons, e mesmo o desmaquilhante à disposição na KIKO não foi potente suficiente. As sacanas só saíram totalmente em casa, com o bifásico da Clarins. Preciso de dizer algo mais sobre a durabilidade destas meninas?


As Colour Shock são em textura creme, que se podem facilmente esbater na pálpebra, para um efeito mais suave, ou como delineador, com um pincel, em linhas de cor bem intensas. É assim que gosto mais de usar este meu verde, sem dúvida, dado que, como base, há outras que me parecem melhores, e acho que esbatida perde toda a piada. Têm um micro brilho, umas purpurinas muito fininhas, em grande quantidade, que se notam muito bem especialmente quando usada como sombra. Em delineador, conseguimos um risco acetinado, com algum brilho, mas sem nos apercebermos do glitter, que não migra para outras partes do rosto (o que me agrada imenso!).

Gosto, inclusivamente, do frasco em vidro fosco, grosso, que não parte com facilidade, deste produto da KIKO. Não fosse a tampa, arriscaria a dizer que lhe dá um ar de linha de luxo de marcas mais caras. Claro que, se criassem uma paleta, do género da Tango da MUFE (a malfadada Tango, que seca mais rápido do que lençol ao sol), eu seria realmente tentada a abdicar do vidrinho fosco, para ter algo mais prático. Mas isso sou só eu, que gosto muito mais de conjuntos com tudo (dão-me muito mais jeito), do que miudezas individuais. Que fazer?! Quero tudo à grande e à francesa!

Encontram as Colour Shock, agora, em promoção nas lojas KIKO ou online, por 4,8€. Aproveitem. Se eu estivesse em Portugal quase de certeza que compraria mais umas duas cores, talvez a Burgundy e uma das azuis. Têm alguma? O que acham? 

sábado, 21 de junho de 2014

Mousse de chocolate

por Carol Vannier

Essa receita tem uma historinha por trás, contada pela Dorie Greenspan, que quem quiser pode ler em inglês aqui, mas eu traduzo resumidamente. Ela aprendeu morando na França que não adiantava pedir as receitas para as anfitriãs de eventos que ela frequentava, que só bons/boas amigos(as) compartilhavam suas receitas. E foi assim que ela ficou muito feliz quando uma grande amiga sua fez uma deliciosa mousse de chocolate. Só que quando pediu a receita, recebeu apenas uma resposta evasiva, e achou que era um caso perdido. Mas de uma segunda vez que a amiga serviu a mousse, ela lhe surpreendeu com uma barra de chocolate na hora da despedida, e um sorriso enigmático. Atrás da barra tinha uma receita de mousse...

É uma receitinha tão simples, e com tão poucos ingredientes, que dá pra fazer num impulso, como quem faz um brigadeiro numa gula da madrugada. Foi mais ou menos assim que eu fiz essa na verdade. Só suja um pouco mais de louça, mas vale cada tigela na pia. Você também pode ser um anfitrião de última hora e preparar essa sobremesa pra algum convidado (que vai te pedir a receita se for esperto). Se tiver chocolate meio amargo, ovo e um tiquinho de açúcar em casa já sabe, pode me convidar. Eu prometo que ajudo com a louça.



MOUSSE DE CHOCOLATE
daqui
rende 4 porções francesas / 2 normais / 1 pra afogar as mágoas

Ingredientes:

100g de chocolate meio amargo (eu misturei 53% e 70% cacau)
3 ovos*, gemas e claras separadas
2 c. chá de açúcar

Preparo:

  • Derreta o chocolate em banho maria ou no microondas.
  • Fora da fonte de calor (não tente cozinhar suas gemas como eu) acrescente as gemas e misture bem.
  • Bata as claras até começar a formar picos. Vá adicionando o açúcar e batendo até o ponto de neve.
  • Misutre primeiro só um pouco das claras, para "amaciar" a mistura, e depois todo o resto com delicadeza para não tirar o ar todo.
  • Coloque em uma tigela grande ou algumas pequenas para servir. Se não for servir imediatamente, guarde na geladeira*. Ela fica mais densa de um dia pro outro.
*Os ovos não são cozidos na receita, por isso não sirva para pessoas com o sistema imunológico prejudicado, crianças, grávidas e idosos, e mantenha a mousse sempre refrigerada.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Séries | Orange is the new Black


Muito rapidamente, passo por aqui para vos dizer: Dêem uma oportunidade à série Orange is the New Black. Da Netflix, não é brilhante nem complexa (se quiserem algo com uma profundidade dramática ou cenas cómicas de cair para o lado, esqueçam esta sugestão), mas tem uma abordagem engraçada, com momentos de diversão e entretenimento bastante interessantes. 

Sobre a vida de um grupo de mulheres presas numa penitenciária norte-americana, ficcionada, parte do olhar da personagem principal, Chapman, uma nova-iorquina de famílias abastadas, que lá vai parar por um crime quase inconsciente cometido dez anos antes, e mostra as relações entre as mulheres, com os carcereiros, com o mundo exterior. Gosto particularmente da forma como constroem a história de cada uma, mostrando a razão da sua prisão, embora fiquem alguns pormenores por contar. Como disse, também não se pretende muito elaborada, nem pesada.

Para ver antes de dormir, tem sido a minha companheira para, como dizem aqui, "chamar o soninho" e apagar do mundo. Alguém já viu?

terça-feira, 17 de junho de 2014

Unhas | As Cores da Selecção

O primeiro jogo de Portugal foi ontem, a vergonha pelo comportamento desadequado de sabemos-bem-quem já dissipou e agora há que esperar que a equipa se lembre de funcionar como um todo e que os jogadores não sejam nem pedantes, nem pesados, nem cansados (difícil?!). Mas, nas unhas, mantenho os tons da selecção que, apesar de estar em território estrangeiro e inóspito à selecção (e não, "secar" o adversário de forma destrutiva não precisa de ser norma obrigatória do espectáculo futobolístico, já dei a minha opinião aqui sobre isso), vamos lá apoiar as nossas cores, que de espectáculo e festa eu gosto bastante (raio da faringite que me fecha em casa há quase duas semanas, nem a Malévola ainda fui ver!).

Por isso, e rapidamente, partilho convosco os produtos que eu usei, caso alguém queira usar os mesmos tons. Não falo do "belo" design, que acredito que há, por aí, gente com muito mais técnica, jeito e dom artístico para fazer algo mais pormenorizado. Como fã de coisas simples, até que não desgostei do resultado final das minhas unhas, mas sei que de mestria não tem nada.

Como verde escuro, usei o AmazOn... AmazOFF, da colecção Colours of Brazil da OPI, de uma amiga. Parece mais azulado no frasco, mas, depois de duas camadas, atinge o tom que vêem, um verde que tem, efectivamente, um pequeno toque de turquesa. Seca rapidamente e lasca ligeiramente ao quarto dia, podendo aguentar uns cinco, no máximo, com top coat (sem, reduz para metade a longevidade do tom). Costumo comprar os meus OPI na Beauty Bay, que demora mais algum tempo a entregar do que outras, mas com a qual nunca tive problemas, ou na Lookfantastic, que também nunca me deixou mal. No Brasil, o melhor lugar para comprar os vernizes/esmaltes da marca é da Dufry, com preços interessantes. 

Na parte vermelha usei o meu tão adorado 999, da Dior e, para a pinta amarela, o Banana Pop, da colecção Néon do Verão passado da L'Oreal. Na mão direita, fiz exactamente o oposto, com o vermelho a dominar todas as unhas. Sem equipamento oficial, sem tshirt da selecção, eis que, pelo menos as minhas unhas, combinam com o cachecol de Portugal do Euro 2004. Como seria bom se este ano fossemos longe (afinal, a esperança é a última a morrer)... 


sábado, 14 de junho de 2014

Devaneios | A Abertura da Copa e os costumeiros azedumes

A abertura da Copa, ou Mundial, no Brasil foi anteontem. Muito se falou sobre o que deveria ter ou não acontecido, muitas manifestações se fizeram sobre variadas lacunas (umas mais graves do que outras) do país. Reivindicações, transportes parados, vozes zangadas a maldizer Dilma e o governo. Mas ela veio, está para ficar até dia 13 de Julho e o país, esse, vestiu-se de amarelo, faz folga em horário de jogos, torce pelo onze canarinho, entusiasmado, de coração no peito, com o costumeiro fervor. E a vida vai, animada. Contestações, existem, mas uma minoria, cujo valor é, para mim (que isto opiniões há muitas e cada um tem a sua) questionado pelos inúmeros mascarados que decidem vandalizar espaços, carros, num acto mais de brutalidade inconsciente do que de luta por algo bom, por um país melhor, mais justo, mais igualitário. E, no meio disto tudo, entre calor futebolístico e contestação violenta, há aquelas vozes que criticam porque sim, porque o fariam independentemente de tudo, porque é preciso criticar. O Público publicou um texto desses (e eu continuo sem entender o critério do jornal do qual francamente costumava gostar), indignado com a qualidade da dita abertura, e eu não consigo deixar de escrever o quanto esse meio, de gente que não sabe sequer o que é que critica, nem contra quem, me diverte. 

Vejamos, as cerimónias de abertura de eventos do género, evento este com um comité organizador internacional, no qual a voz dos países anfitriões fica, muitas vezes, calada, nunca são brilhantes, dignos das acrobacias do Cirque du Soleil. Nem têm de ser, para mim, que o mais importante do Mundial são os jogos, não os espectáculos adjacentes. Contudo, as críticas à prestação do Brasil foram mais que muitas; porque foi pobre, porque tinha gente vestida de plantas, porque não foram buscar o ânimo do Carnaval ou porque os gringos oficiais a cantar não o fazem tão bem quanto uns brasileiros fariam (e tantas mais...). Já estou de sorriso em riste que isto do ser humano rezinguento diz-se que é coisa de português, mas cada vez mais acho que estamos muito bem acompanhados. Então, pensemos um bocadinho, por partes. 

Se o espectáculo tivesse a pompa e circunstância de Sochi, lá viriam as vozes contra o dinheiro gasto pela Dilma (coitada, tem que ter umas costas largas!), em vez de o usar em escolas, saúde e afins. Eu não sou brasileira, mas pelo que já me apercebi, estamos a falar de orçamentos, receitas e bolsos diferentes, um não implica o outro. Contestação sim (afinal, ter a atenção mundial voltada para o país não é coisa frequente), mas foquem o ângulo, que está meio difuso. Desde a batalha naval que eu já aprendi que acertar na água nunca ganha o jogo a ninguém. Portanto, pareceu-me uma abertura à medida do que é. Nem mais, nem menos. 

As plantas e água infantis... ah, a melhor crítica, sem dúvida... Se fosse na Broadway, num espectáculo do Rei Leão, com animais e plantas, ou no dito espectáculo do famoso circo, era uma decoração magnânima, deslumbrante, com caracterização maravilhosa. No Brasil, na abertura da malfadada Copa, diz-se vergonhoso, digno de festinha infantil, de fazer desligar a televisão dos mais sensíveis a terror nocturno e comiseração alheia. Como o ser humano é engraçado! No espectáculo, que, se fosse à noite, teria a seu favor a fraca iluminação para lhe dar o ar místico tão procurado, o Brasil tocou de leve as suas raízes, mostrou que é mais do que mulheres nuas no Carnaval e que tem orgulho de ser terra de índios, europeus, africanos, e toda a mistura que por aqui vemos. Ligo aqui à outra questão. Queriam pôr mais uma vez os carnavalescos à frente do espectáculo ao mesmo tempo que criticam os estereótipos? Não vêem que aí há um paradoxo? O Brasil mostrou que tem outros sons, que é mais do que uma terra colonizada, que abraça os que estavam e os que para cá vieram. Os primeiros que apareceram de barco e os segundos pela multiplicidade de sons, danças, cantares que vimos a seguir. O Brasil é terra só de samba e mulheres com plumas e pouca roupa?! Não! E mostrou-o na cerimónia para quem quisesse ver. Mostrou, a nós, os gringos (que eu descobri há pouco tempo que sou gringa, e nunca me tinha apercebido disso) que para aqui estamos, e que crescemos a olhar para esta terra como de gente promíscua (desculpem-me a franqueza, mas quem não ouviu um comentário destes?). Tem tradição, tem história, tem uma identidade, ou várias, que são daqui, são deles, que não são iguais aos outros, aqueles, que o colonizaram, e que hoje voltam como convidados, apenas, para assistirem ao desporto que, quer se queira, quer não, une vontades, democratiza vozes, nos torna, por momentos, iguais (ou quase). Hoje, o Brasil é o anfitrião, de cabeça erguida, orgulho no que conseguiu até hoje, apesar de tudo, que recebe os que outrora o invadiram, já que, como diz a Cláudia Leite: “Quando eu chamo o Mundo inteiro para jogar é para mostrar que eu posso”. Só eu me apercebo do poder desta frase?

As únicas críticas às quais também me junto (e não, não é para falar de um playback que nem existiu, julgo) tem a ver com os cantores oficiais e com a falta de importância dada ao exoesqueleto. Sim, o Brasil tem vozes e compositores poderosíssimos, capazes de criar uma música oficial melhor, muito melhor, que falasse a nossa língua (e não o espanhol, oh meu deus, porquê o espanhol? Contra os estereótipos de muitos países, o Brasil não é hispânico, minha gente, não é.). Até entendo a música em inglês, afinal, é um espectáculo mundial (por mais que eu seja adversa ao poder dos anglófonos, mas isso seria tema para todo outro post), mas que tal darem mais voz aos nacionais? Já me explicaram. É uma lógica puramente comercial; o Pittbull e a J.Lo vendem mais do que outros, e a Sony e a Fifa só estão preocupadas com isso, e, quanto à tecnologia que permite a um paraplégico chutar uma bola, a ciência não é mediaticamente atractiva. É triste. Mas aqui entra a minha veia contestatária que se revolta contra a importância do capital no Mundo. Entendo, mas não quero que essa seja a lógica vigente. Pronto. 

Já me alonguei mais do que previsto, mas, que fazer, se o azedume alheio me incomoda, especialmente quando vem de um terreno fértil em fundamentos cheios de lugares comuns e argumentação tosca e sem sentido. A crítica é válida e todos temos o direito de nos expressar, mas convém fazê-la de forma minimamente consciente. A abertura da Copa não foi assim tão má quanto a pintam, especialmente porque foi exactamente aquilo que tem de ser. O Brasil começou bem no espectáculo, que vale o que vale, e no jogo (que poderia ter sido melhor mas enfim, ganhou). Tenho dito. Crucifiquem-me!

Harissa e Merguez

por Carol Vannier

Há poucas semanas o correio me trouxe um pacotinho bastante aguardado: o My Paris Kitchen do David Lebovitz. Ele escreve um blog fantástico, mas já trabalhou muitos anos em restaurantes (o mais notável sendo o Chez Panisse) e antes do blog já era autor de livros. Eu descobri o blog dele quando morava em Paris, e acabei descobrindo muita coisa boa por lá graças a ele. Pode parecer estranho pegar dicas de Paris com um "forasteiro", mas pra falar a verdade fez muito sentido. Primeiro que ele compartilhava a perspectiva que eu tinha, tanto por também ser de fora, quanto por não ser um eterno deslumbrado como se vê muitos por aí. Pra mim todo autor tem que ter pelo menos um pé no chão.


O tema do livro, como sugere o título, é a culinária do dia a dia dele. Não o dia a dia banal, mas um dia a dia que inclui comidas de rua, jantares feitos em casa com amigos, com receitas desde os aperitivos até as sobremesas. É o dia a dia de uma cidade que não tem mais só a sua cozinha original, blindada ao mundo estrangeiro, mas uma cozinha que está em evolução, acolhendo influências. E uma dessas influências, que já é bem antiga na verdade, é a da culinária do norte da África, e foi por aí que eu comecei a explorar o livro.   

Ele bolou uma versão caseira da famosa linguiça originária do Magreb, o merguez. O resultado é uma almôndega super temperada, com os temperos típicos do merguez, que pode ser frita na frigideira ou assada no forno, ou até grelhada na churrasqueira. O merguez leva harissa, um molho apimentado também magrebino, que na França se encontra pronto pra vender, mas ele dá também a receita no livro, na seção chamada 'Pantry' (despensa).

Mesmo com essa ajuda, eu tive que adaptar um pouco a receita da harissa, mas deu um molhinho ótimo, que vai dar saída em muitas das minhas pimentas dedo de moça congeladas. E o 'merguez-bolinha' ficou uma delícia também. Aromático, apimentado, molhadinho... tudo de bom. Eu fiz no forno, mas fiquei com vontade de experimentar na churrasqueira, de repente fazendo espetos tipo kafta. Você pode preparar a "massa" com uma antecedência de até 3 dias e deixar na geladeira. Mas use um recipiente que feche bem, ou sua geladeira vai ficar um bocado aromatizada...



HARISSA
adaptado do My Paris Kitchen

Ingredientes:
2 pimentas dedo de moça (a receita usa pimentas inteiras desidratadas que nunca vi por aqui, e as minhas dedo de moça eram frescas que eu tinha congelado)
1 pimentão vermelho médio
1 dente de alho picado
1/2 c. chá de sal
1/2 c. chá de páprica defumada (Não tinha, mas gostaria de ter. Foi páprica doce no lugar)
1/4 c. chá de cominho em pó 
2 c. sopa de azeite
1 c. chá de vinagre de vinho tinto ou de maçã
opcional (não usei): 1/8 c. chá de água de rosas ou de flor de laranjeira

Preparo: 

  • Coloque um pouco de água numa panela pequena para ferver. Retire as sementes das pimentas e jogue-as na água fervente, abaixando o fogo e deixando cozinhar por 2 minutos. Apague o fogo e coloque algum peso sobre as pimentas para que elas continuem sob a água por mais 30 minutos. (Esse passo era para reidratar as pimentas que ele usa secas, mas como as minhas estavam congeladas, achei interessante manter.)
  • Coloque o pimentão vermelho diretamente sobre a chama do fogão, girando-o para que todos os lados fiquem escuros, até que ele amoleça bem (+- 15 minutos). Coloque o pimentão chamuscado numa tigela e cubra com filme de PVC, ou coloque-o dentro de um saco plástico, tipo zip-loc para abafar. Quando ele estiver frio, esfregue a casca para tirar a pele escurecida, e retire o cabo e as sementes. Se você tiver fogão elétrico ou não se sentir confortável com essa manobra, fatie o pimentão e frite numa frigideira com azeite até amaciar bem.
  • Escorra as pimentas e coloque-as num liquidificador junto com o pimentão, e todos os temperos. Bata até ficar pastoso. Se preferir você pode peneirar numa peneira grossa.
  • Guarde num pote fechado na geladeira, por 1 a 2 meses, sempre cobrindo com um pouco de azeite para ajudar a conservar.



ALMÔNDEGA DE MERGUEZ
adaptado do My Paris Kitchen

Ingredientes:
1 kg de acém moído (cordeiro moído ia sair meio caro hehehe)
3 c. chá de sementes de erva doce (não usei porque não gosto muito de erva doce)
2 c. chá de sementes de coentro
2 c. chá de sementes de cominho
2 c. sopa de coentro (folhas) picado
6 dentes de alho picados
4 c. chá de páprica doce (usei menos porque não gostei muito da qualidade da que eu comprei)
4 c. chá de harissa
3 c. chá de sal
1/2 c. chá de canela em pó
1/2 c. chá de pimenta da jamaica
opcional: 1 c. chá de sumac em pó (não tinha, ficou pra próxima vez)

Preparo:

  • Toste as sementes de erva doce, coentro e sominho numa frigideira até que elas soltem seu aroma. Tire do fogo e espere esfriar. Triture-as num pilão ou, na falta de um, coloque-as num saquinho resistente e bata com um martelo (o de borracha me pareceu mais seguro e deu certo).
  • Numa vasilha grande misture as sementes trituradas com todos os outros temperos, adicione a carne moída e misture tudo muito bem. Essa mistura pode ser guardada em geladeira, bem fechada, por até 3 dias.
  • Faça bolinhas do tamanho de nozes com a massa de carne. Frite-as na frigideira com uma colher de sopa de azeite em fogo médio-alto, entre 8 e 10 minutos, balançando sempre a frigideira para cozinhar de todos os lados. Ou asse no forno a 180ºC por +- 15 minutos. Ou ainda asse na churrasqueira, formando bolinhas ou charutinhos em volta de espetos de madeira, até que elas dourem.
  • Sirva com maionese misturada com harissa a gosto.




sábado, 7 de junho de 2014

Sou esquisitinha, sou! # 3

Mais um punhado de coisas das quais não gosto, que hoje estou adoentada e muito rabugenta:

1. De perder o olfacto quando adoeço, e descobri-lo quando decido barrar-me de um produto Terracota, da Guerlain, para me sentir melhor, mais feminina e com o espírito lá em cima. Gasta-se o produto e eu podia estar a cheirar a sabonete de glicerina que era exactamente a mesma coisa. 
2. De viajar com um grupo grande, com interesses e vontades díspares. Deixem-me lá parecer um ermita solitário, mas, em viagem, especialmente quando é a minha primeira vez num local e há um roteiro que quero fazer, custa-me imenso gerir as sonecas e preguiças matinais, as exigências para comer aqui ou ali, as expectativas diferentes e os hábitos incompatíveis que se tentam compatibilizar. Se nos primeiros dias respiro e ainda tento que todos acompanhem, a partir do terceiro vêem-me a proferir o meu tão famoso: "gente, aqui ninguém é siamês!" e a seguir viagem, sem arrastar os que querem outra coisa ou os mais lentos. Amigos, amigos, viagens à parte! 
3. Dos eternos narcisistas, egocêntricos, enigmáticos, chamadores de atenção do Facebook (não poderia faltar aqui uma desta rede social tão rica). Já partilhei na Salinha um texto engraçadíssimo sobre comportamentos insuportáveis nas páginas pessoais e continuo a lembrar-me dele quando encontro um típico "Mais um dia triste...", "Finalmente, consegui!" (mas, perante a perguntas esperadas de pessoas preocupadas, vem sempre um, também tipico, "não posso contar", ou "sempre o mesmo", ou "quando puder conto"), ou uma expressão, também típica, de como se é social, brilhante, se tem muitos amigos ou uma relação perfeita, ou o que quer que seja a pedir aceitação e reconhecimento gratuito dos outros. Ou a eterna valorização dos momentos rotineiros do dia, incluindo os mais íntimos... ah, como são geniais! A muitas pessoas tenho vontade de dizer: "Olhem, o Facebook não é espaço de terapia. O melhor, e mais eficaz, é procurarem um profissional. Acreditem, ajuda."
4.  De chuveiros elétricos. Haja mecanismos mais difíceis de gerir, logo pela manhã, quando é necessário um banho para começar o dia como deve ser. Quem gosta de água quente (quente mesmo), e não gosta da ideia de misturar electricidade com água, então nunca comprem uma coisa destas. É uma chatice grande (pior só banho de água fria de caneco!)
5. De café, azeite, azeitonas e leitão e continuo a ser portuguesa, apesar das várias expressões indignadas ou em piada perante tal facto. Continuo a gostar, e muito, de bacalhau, mas como o à lagareiro ou qualquer peixe cozido sem o líquido de ouro e, olhem, sabe-me muitíssimo bem! 
6. De quando o nariz escorre sem aviso nem pedido de autorização e dos espirros molhados antes de chegar ao guardanapo. Mas quem é que manda aqui?!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Aveia no forno

por Carol Vannier

Antes de falar da receita de hoje, eu queria agradecer (com muito atraso!) quem escreveu comentários me contando o que gosta e o que gostaria de ver mais por aqui. Isso é muito valioso e estou pensando com carinho em tudo que vocês disseram. Obrigada! :)

Essa receita, que deve agradar os que gostam das dicas mais saudáveis, é pra um dia de café da manhã assim... lento, que pode ir começando com outras coisas, algumas frutas, um iogurte, enquanto a cozinha vai ganhando um cheirinho de banana e canela a medida que a aveia assa no forno.

Eu adoro aveia, e descobri meio tarde, então venho tentando compensar o tempo perdido. Pra dias que não dá tempo de acender o forno de manhã (quase todos?) um mingau de aveia é uma opção boa, pois são uns 5 minutinhos no fogão, o que me dá tempo de ir acordando. Pois é, meu processo é lento... O mingau de aveia fica muito interessantes com frutas secas junto, tipo ameixa, figo, ou o que você gostar. Eu sempre faço com a aveia inteira, e não farelo, para ter a textura que pra mim é muito boa.

Não se assustem com a lista de ingredientes, muitos deles são comuns em qualquer cozinha, e outros, se você gosta, são ótimos de ter também, pois vão entrar em muitas outras receitas interessantes, e não são muito perecíveis. Além disso, não se trata de um bolo ou algo que possa desandar, então dê seus toques também, de acordo com o que tiver em casa e com o seu gosto. As amêndoas em lâminas por exemplo, eu usei porque tinha ganho uma sobra, mas nunca compro, e provavelmente vou continuar sem comprar. Na próxima vão as amêndoas salgadas que eu adoro e tenho frequentemente em casa. Jogo na tábua e vou picando com a faca meio aleatoriamente e pronto.

Alugumas substituições que eu fiz foram para tirar ingredientes pouco comuns aqui no Brasil, como maple syrup, applesauce e buttermilk. Outras por causa da minha despensa mesmo, como o óleo de coco e a linhaça em pó. A linhaça na verdade achei que as sementes inteiras eram melhores, e o óleo de coco ainda tô tentando convencer meu bolso que é uma boa idéia. Quando ele se convencer, eu experimento.

O resultado com certeza deve estar diferente do original, mas o importante é que ficou bom à beça! Comi puro primeiro e é gostoso, mas é quase nada doce. Aí segui em parte a sugestão da receita e coloquei um pouquinho de açúcar mascavo e um pouquinho de manteiga... e quanta diferença! Só um pouquinho mesmo de cada um muda tudo. E é legal que cada um que comer pode regular o quanto quer dos ingredientes mais "perigosos". (Por mais que eu, e outros, achem que manteiga não mata ninguém...)


AVEIA NO FORNO COM BANANA E NOZES
Bastante adaptado daqui

Ingredientes:

Secos
200g (2 xíc.) de aveia inteira
50g (1/2 xíc.) de amêndoas em lâminas tostadas
100g (1 xíc.) de nozes tostadas e picadas em pedaços grandes
40g (3 c. sopa) de sementes de linhaça
1 c. chá de fermento
1 c. chá de canela em pó
1 c. café de gengibre em pó
1 c. café de noz moscada em pó
1 c. café de sal

Molhados
360 ml (1 1/2 xíc.) de leite
1 c. sopa (15ml) de suco de limão 
100 ml (quase 1/2 xíc.) de leite de coco
80 ml (1/3 xíc.) de mel
1 ovo batido
1 c. sopa de essência de baunilha

Outros
2 bananas maduras grandes ou 3 médias em rodelas
Manteiga para untar a fôrma e espalhar por cima
Açúcar mascavo e manteiga para servir

Preparo:

  • Pré-aqueça o forno a 200ºC. Unte a fôrma que for usar com manteiga.
  • Numa vasilha misture todos os ingredientes secos. Em outra, misture os molhados. Junte os dois e misture.
  • Forre o fundo da fôrma com rodelas de banana. Jogue a mistura de aveia por cima e cubra com mais rodelas de banana. 
  • Derreta um pouco de manteiga e espalhe por cima das bananas. Leve ao forno por 40 minutos, ou até dourar bem. 
  • Sirva morno, com açúcar mascavo e manteiga por cima, ao gosto de cada um.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Neutrogena | Rapid Clear Treatment Pads

foto:Amazon.com
Quando encontramos um produto que nos faz pôr de lado os que usávamos até então e abre possibilidades de soluções mais eficazes e rápidas para algum problema, a alegria é mais do que muita. Descobri, por acaso (mais à toa seria impossível), os treatment pads da linha Rapid Clear da Neutrogena, em Nova Iorque, e são um verdadeiro SOS para as minhas borbulhas de queixo. Um achado para lá de genial, caríssimos. É o que tenho para vos dizer. 

Mas partamos para factos. Estes discos de algodão, vindos numa caixa com sessenta, vêm embebidos de uma composição líquida que, promete a Neutrogena, evita erupções futuras, ao mesmo tempo que reduz as existentes em oito horas. Com 2% de ácido salicílico (lista completa de ingredientes no fundo para conhecedores), garantem uma "limpeza profunda da sujidade e oleosidade" da pele, deixando-a "limpa e macia". 

Enquanto me parece prudente alguma atenção no uso deste produto, o qual deve ser aplicado com parcimónia, já que pode secar a pele, admito que ele é eficaz no seu fim principal, a sua missão e objectivo. Quando uma borbulha/espinha, daquelas bem grandes, aparecem no meu queixo (e só aí, que é a região mais problemática da minha cara), passo com este disquinho de algodão molhado por cima dela (ou delas, que às vezes vêm à dúzia -- é mais barato, não é?!) antes de dormir, mais uma ou outra vez no dia seguinte, se necessário, sempre com, pelo menos, seis horas entre aplicações, e, em um dia, pelo menos, já se vê uma diferença considerável. Desde a primeira aplicação, a querida cordilheira chata, vermelha e dolorida, começa a atenuar, a baixar, suprimindo aquela tensão que provoca a dor (oh, a dor!).

Não usaria este produto diariamente, nem na cara toda. Mas como SOS, quando vamos dormir com uma ameaça (ou várias!) que não queremos, de todo, que se torne real no dia seguinte, é de facto muito eficaz (na minha pele, pelo menos). Aproveito, quando estou nas fases mais problemáticas, para complementar o tratamento com a máscara Visibly Clear 2 em 1, da mesma marca (post mais tarde, que ainda não o usei nas suas várias facetas), só na região do queixo. Garanto-vos que me livro das chatices de forma muito mais rápida com esta dupla, do que antes. 

Descobri estes discos, por acaso, na Nordstorm Rack, em Nova Iorque, em promoção, quando entrei na loja à procura de sapatos. O pequeno boião custou cerca de 6 dólares e qualquer coisa, uns 5 euros, portanto e 15 reais, mais coisa, menos coisa. Para o que prometia, pareceu-me um preço bastante razoável e, agora, que o adoptei com carinho e devoção, ainda mais. Apesar de não ter encontrado à venda este produto específico pelo mundo lusófono, podem sempre encontrar a linha Rapid Clear, da Neutrogena, nas drogarias brasileiras, ou na Netfarma, na Amazon inglesa, para quem mora em Portugal, na Citypharma, para quem for a Paris, ou, o melhor, nos Estados Unidos, caso façam uma viagem até lá ou conheçam alguém. 



Ingredientes (a quem interessar): 

Activos: Salicylic Acid 2% 

Inactivos: Water, Ethanol 35%, Butylene Glycol, PPG 5 Ceteth 20, C12 15 Alkyl Lactate, Cetyl Lactate, Cocamidopropyl PG Dimonium Chloride Phosphate, PEG/PPG 20/6 Dimethicone, Benzalkonium Chloride Solution, Sodium Citrate, Disodium EDTA, Sodium Hydroxide, Fragrance

terça-feira, 3 de junho de 2014

Objecto de desejo* # 17


Paleta La Petite Robe Noire, da Guerlain, à venda em alguns aeroportos, por 59,50€ /R$ 151,54


*depois de um momento seco nos desejos, eis que uma fofurinha destas tinha de voltar a abrir o apetite. 




segunda-feira, 2 de junho de 2014

Colorama | Papo de Salão, tom Me Segura

Na minha primeira incursão pelos vernizes brasileiros (e sabendo, de antemão, que, neste momento, não sou a maior fã dos da Risqué, marca que já usei algumas vezes, mas que acaba por ser superada por outras, facilmente, nas minhas unhas), confesso que, na mesma medida que não foi difícil escolher a marca da vez, foi complicado encontrar um tom que ainda não tivesse, e que fosse algo que teria a minha cara. Um tom diferente, entre pastéis, neutros e outros, mais ou menos básicos, ou glitters sem aquele toque elegante, que não me chamaram a atenção. Trouxe, finalmente, da Colorama, o "Me segura", pelo nome e pelo acabamento, cremoso, que me pareceu mais próximo do que eu gosto, normalmente. 


O "Me Segura", da linha "Papo de Salão" é um laranja avermelhado muito vivo, próximo ao tom da laranja sanguínea (nome lindo!) que fica com um ar descontraído e divertido numas mãos mais morenas (que não é o caso das minhas, ainda bem branquelas, resultado da querida e simpática combinação entre trabalho em dias de sol e chuva frescote, quando há um tempinho livre).  Em duas camadas, o tom não fica opaco, mas dá-lhe um brilho, uma consistência e homogeneidade que me agradam. Mais do que isso, julgo que perderia na textura, demasiado grossa, mesmo tapando totalmente a unha.

Com uma textura realmente cremosa, que não escorre pela unha abaixo, pintando todo o dedo, este verniz/esmalte seca em alguns minutos, ficando bom para qualquer aventura passada meia hora, pelo menos. O mais engraçado é que, ao contrário dos outros, me secou melhor e mais rapidamente sem uma camada de protecção por cima, sozinho (vá-se lá entender!). Depois de seco aguenta em condições, com top coat, uns três dias decente, lascando no quarto (perde no tempo de secagem, mas ganha na durabilidade, já que, sozinho, o verniz aguenta ainda menos, numas mãos que lavam louça e mexem em água frequentemente).  


O pincel, não sendo dos que eu gosto mais, acaba por ser suficientemente bom para a textura cremosa, que não faz muito estardalhaço. É redondo, mas grandinho, e permite que, quando estamos a pintar as unhas, o pressionemos um bocadinho, ficando com um ar daqueles densos e largo. Menos mal. 

Por R$3,16 / 1€, encontrado facilmente nas drogarias por aqui, julgo que vou procurar outras linhas da Colorama para testar. Peca nas cores, que mereciam algo mais original, criativo e com ar diferente (à semelhança de alguns da Barry M, a esse nível) mas ganha no preço, que facilita experiências e descobertas de, quem sabe, futuros amores das minhas unhas.     

Já experimentaram vernizes/esmaltes da Colorama? Onde se vendem em Portugal, sabem? No Brasil encontram-se facilmente pelas drogarias.

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