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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Brasil | Compras dos últimos meses (que a coisa anda fraquinha)

Já não me lembro da última vez que escrevi algo sobre as compras que tinha feito recentemente. Deve ter sido há algum tempo, que estes foram meses de muito poucas aquisições, muitas reflexões e bastantes exercícios de organização mental. No meio disto tudo, aliado às condições pouco propícias ao gasto em coisas de beleza e afins (confesso que a relação preço/qualidade me barrou quase sempre que vi algo que me interessava), ficou de lado o blog e a minha singela incursão por estas coisas que me atraem e que me divertem, de beleza e afins. Enfim, posto o desabafo, vou mostrar-vos algumas coisas que decidi experimentar, principalmente de marcas nacionais, para verem que ainda não perdi totalmente o gás.

A foto está assim, assim, mas com pouca  luz e tempo foi o que se pôde arranjar. As minhas desculpas.
Assim que vim para aqui, perguntei na página do facebook se alguém aconselhava um produto ou marca para comprar aqui. Clara Alva, muito simpática, falou-me de um pó finalizador, da Payot, que, comparável com os das grandes marcas de luxo. por trinta e poucos reais (equivalente a uns 10 euros) achei que não custava nada tentar, já que, na minha colecção, ainda não está ocupado o lugar para tal pó que me agrade a 100 % (a busca continua).Ultramicronizado, este pó HD Translucent veio substituir o aconselhado pela Clara, sendo, supostamente, ainda melhor, por estar preparado para alta definição. À primeira vista, e esquecendo o ar simples e de pouca qualidade da embalagem, num plástico muito fraquinho (já se partiu e tudo), parece-me um pó interessante, embora peque pelo excesso de purpurinas. Vamos continuar a testar a ver como e onde resulta, depois contar-vos-ei tudinho. 

No mesmo dia, veio comigo, do Shopping do Leblon, o baton da Boticário no tom Guaraná Tropical da colecção Torcida Linda. À semelhança do vizinho da Payot, a embalagem peca pelo ar rasco (francamente poderiam fazer algo melhor, mais elegante e resistente, mesmo em plástico), e não sou a maior fã do cheiro tipo baton do cieiro deste produto, mas a cor seduziu-me e vou dar-lhe mais umas voltas até um veredicto final pormenorizado. Custou-me por volta de 15 reais, uns 5 euros, mais coisa, menos coisa.

Da Contém 1gr, singelamente, trouxe apenas uma sombra, num tom azul (Azul Real Opaco) que me seduziu à primeira. Ao ponto de estar para a comprar num quarteto de outras cores da bandeira do Brasil (mais uma colecção para o Mundial), onde constava um amarelo e um verde que dificilmente eu iria usar. A menina, muito simpática, alertou-me para o facto de poder comprar o azul individual e olhem, aqui está ele, merecedor de um post futuro sozinho. Tenho alguma pena que os produtos da marca sejam, para mim, caros para o que me parecem. Fico com receio de me aventurar por algo desconhecido e ficar muito frustrada. Esta sombra, para terem uma noção, custou 44 reais, cerca de 15 euros.

Hoje, finalmente, depois de telefonemas à Sephora e à transportadora, que parecia não dar com a casa, chegou a minha encomenda com dois produtos que achei interessantes.  Um sabonete em forma de gelado/ picolé da Feito Brasil, colecção Dom Tropical, com cheirinho de coco e pedacinhos de casca da fruta para exfoliar, que estou em pulgas para experimentar, e um verniz da Revlon cujo tom tinha de ser meu, o Fashionista, um azul/verde/petróleo, daqueles que eu tenho muita dificuldade em categorizar concretamente e de forma assertiva. O sabonete foi 22 Reais, cerca de 7 euros, e o verniz 18, uns 6.  

Por aqui não há os saldos maravilhosos que encontramos aí nas perfumarias e lojas de roupa. Pelo contrário, mesmo com saldo, vejo cada preço na etiqueta das coisas que de facto me captam o olhar que me dá vontade de cair para trás à gargalhada. Pensando positivo, pode ser que ainda haja algo de interessante por Portugal no mês que vem porque estou a chegar!

Como têm sido as vossas compras? Algo de interessante?

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Pastinha de Sardinha

por Carol Vannier

Mais uma receita campeã do My Paris Kitchen, uma pastinha, fácil como toda pastinha deve ser, e sem maionese, como alguns desejam que toda pastinha fosse. Eu não tenho nada contra maionese, mas acho legal dar uma variada. A receita original pede cream cheese com um pouco de manteiga, mas achei que o requeijão era uma substituição razoável. Na verdade fiquei de pão durice porque desde que descobri as embalagens de 1kg de cream cheese no atacado, não consigo pagar o equivalente a metade delas num potinho de 200g (às vezes 150g!) Mas também não queria ter 800g de cream cheese na minha geladeira me pedindo loucamente pra fazer cheesecake, porque já ando fazendo estripulias o suficiente. Então vamos de requeijão, que tava em promoção no mercado e ficou ótimo.

Não sei se é comum em outros lugares do mundo, mas aqui no Brasil temos sardinha em lata com molhos (tomate por exemplo), além das simples com óleo. Já fiz essa pastinha com essas também e achei que ficou legal. Pastinha é isso, né? Ajuste como gostar, os temperos, as quantidades, não vai solar!

Quem acompanha a Salinha já deve ter percebido que eu gosto de dar receita de patês e pastinhas. De fato, acho que ficam numa área pouco explorada, porque sinto que os mais empolgados da cozinha se concentram em pratos mais complicados, e os que têm medo de cozinha nem sempre percebem como é fácil fazer uma boa seleção de entradinhas. Pegue uma ou outra receita de pastinha dentro da tag Petiscos, coloque um bom queijo gorgonzola com palitinhos de cenoura e aipo, ou um brie ou um queijo duro com uvas ou figos ao lado, e a coisa pode ficar interessante sem muito trabalho.




PASTINHA DE SARDINHA

Ingredientes:
1 lata de sardinha 
100g de requeijão (ou cream cheese com um pouco de manteiga amolecida)
2 cebolinhas (a verde e comprida, não cebolas pequenas) picadas
1 c. de sopa de alcaparras, lavadas, escorridas e picadas
suco de meio limão
sal, pimenta do reino e pimenta cayena (ou baniwa!) a gosto

Preparo:
Escorra a sardinha e retire as vértebras e sujeirinhas. Coloque numa vasilha e amasse com o garfo, adicionando os outros ingredientes e misturando tudo. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

*TILT!*

Lembram-se, naqueles jogos de pinball, de quando se tentava "influenciar" o curso da bola, de modo a que ela não caísse, nem perdêssemos a vez? Aparecia um grande TILT e o jogo travava. 

Tenho a sensação que é isso que o meu cérebro faz quando o forço a ler textos sem coerência, sem coesão, completamente desorganizados e sem ponta por onde se lhes pegue. O esforço que faço para extrair dele pontos e não cair no vazio é impressionante; ele treme e trava. *Caramba!*

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Sou esquisitinha, sou! # 4

Não gosto de invertebrados. Não dos do chão, animais, que rastejam pela sobrevivência, por mais feios que sejam, mas daqueles que, em duas pernas, se erguem de forma escorregadia, adaptando a sua forma à dos demais, que querem agradar, sem coerência. Desses. 

Dos que não se preocupam em cuidar daquilo que são, desde que o sejam naquele momento, com aquele fim, independentemente de terem sido outra coisa, noutro contexto. Dos que não assumem. Dos que não têm o que assumir, que a própria existência é um grande ponto de interrogação pronto a servir as vontades momentâneas de outros, para os outros. Mesmo que se contradigam.  

Dos que não têm coluna vertebral de ideias, convicções, opiniões e pensamentos. Porque defender algo pode trazer inimizades. Dos que são um enorme boneco fugidio no qual não se pode confiar, nem esperar algo de lógico. Desses. 

Inglot | O meu conjunto de beringelas (e um para complementar)

Estou aqui a pensar, a pensar, e não me lembro de como conheci a Inglot. Deve ter sido, provavelmente, num blog de maquilhagem ou num site internacional, mas nem me recordo onde nem com quem. Na realidade, a primeira vez que fui à loja, no Colombo (infelizmente ainda não a encontramos espalhada pelo país, embora eu acredite piamente que  uma Inglot em Coimbra faria muito sucesso), a quantidade de cores, o sistema livre (genial, especialmente para quem percebe da poda) e a diversidade de acabamentos e opções deixaram-me meio atordoada, sem saber bem o que escolher. Enquanto não me sinto à vontade em determinado campo, escolher assim, no impulso, é sempre algo que me desnorteia um bocadinho. 


Entretanto, passados alguns meses, e com a sábia orientação da A. do C&C, lá me aventurei eu pela compra de um quarteto de beringelas, para complementar os meus olhos avelã. Se foi tarefa fácil? Não foi, não senhor. Demorou algumas horas, foi um processo de selecção e exclusão (para o qual eles têm umas placas nas quais podemos colocar as várias combinações que idealizamos, que dão imenso jeito), de muitas amostras, o braço todo pintado, várias vezes, com várias cores, até que me decidi pelas quatro sombras que trouxe. Uma, a mais escura, tem um acabamento com purpurinas e as restantes três são acetinadas (não faço a menor ideia porque não trouxe nenhuma totalmente mate, mas, pelo tempo que lá estive, e como gosto muito do toque mais amanteigado destas, não devo ter conseguido um conjunto que me agradasse tanto quanto).  Então vejamos, da esquerda para a direita, de cima para baixo, na foto de cima (esquerda para direita em baixo):



154 - É um ouro velho, com um ligeiro toque rosado, perceptível de alguns ângulos e luzes, que comprei para complementar as outras. É acetinada e extremamente pigmentada. Com primer aguenta no olho o tempo que quisermos. 

445 - É o beringela mais claro do conjunto, quente, e com um suave toque lilás, muito pigmentado. Também é de acabamento acetinado e parece manteiga, quando se passa o dedo. A duração é tão boa quanto a do vizinho do lado. 

452 - Dentro no mesmo leque de tons, a 452 é um beringela mais escuro, mais frio, a fugir para o vinho. Tem menos brilho que as anteriores, mesmo sendo acetinada, mas é igualmente pigmentada e amanteigada. 

615 - Este beringela, frio, a fugir para o roxo, é o pior em termos de pigmentação do conjunto. Não é totalmente mate, já que tem purpurinas, mas não tem nada de acetinado, pelo que perde no quesito suavidade e densidade da cor. Para atingirmos um grau de opacidade das outras, precisamos de trabalhar a sombra com mais vontade e intensidade, já que é mais poeirenta. Com um primer aguenta ainda umas boas horas, mas não tem a prestação que as outras têm.

Quando não encontramos à venda um conjunto que nos agrade, se quisermos umas sombras de qualidade a um preço mais acessível, e se formos até Lisboa (ou qualquer outra cidade onde encontramos a marca), este sistema da Inglot pode ser uma excelente opção. Cada sombra, que tem 2,7 g (daquelas que nunca mais acabam), custa 6€ e as paletas também não são caras (não me recordo do preço, mas consegui a minha numa promoção em que a ofereciam na compra das sombras). Fica, sem dúvida, a um preço mais acessível do que outras quartetos de marcas de luxo, e com uma qualidade às vezes até superior (sem generalizar, que não acontece nem com todas as cores da Inglot, nem com todos os conjuntos das outras marcas). 

Assim que estiver com um tempo (que tem de ser longo porque à Inglot não convém ir com pressa), vou passar pela loja, mais uma vez, e ver se algum outro produto -- um blush, ou os novos pós de contorno -- me agrada. Vamos ver o que trarei de lá.

Há algum produto da Inglot que vos tenha realmente seduzido, com qualidade comprovada, e que recomendem?

terça-feira, 22 de julho de 2014

Institut Esthederm | Osmoclean Lotion Fraîche Hydra-Ressourçante

Há algum tempo (anos, que já os perco de vista) que não esqueço os três passos básicos de cuidados faciais. Os produtos foram mudando, as exigências e os requisitos também, mas não aplico hidratante facial sem lavar e tonificar, e nunca lavo sem passar depois com um disco de algodão impregnado de uma loção ou tónico, seja ele refrescante, energizante, de limpeza profunda ou com qualquer outra função (consoante a fase da pele), para não deixar os poros abertos e convidativos a porcarias, pós e sujidade, que por eles passem. Actualmente, estou a usar um dos que mais gostei até hoje e, antes que acabe, partilho convosco a Lotion Fraîche do Institut Esthederm, Hydra-Ressourçante.


Mais uma compra da Citypharma, a razão desta minha escolha foi simples. Queria um tónico que fosse menos agressivo que outros que já usei, e que focasse principalmente na hidratação da pele, já que em França estaria no pico da secura, pelo vento e pela água, extremamente calcária. O Institut Esthederm (marca de quem ouvia elogios rasgados) prometia, exactamente, com esta loção, a "redução dos efeitos irritantes da água calcária na pele", deixando-a elástica, hidratada e confortável. Tudo o que eu queria. 

Uso esta loção há uns meses, sempre de manhã e à noite, com um disco de algodão, e, tanto em França como no Brasil, com a pele menos seca, tem sido sempre agradável aplicá-la e sinto, efectivamente, que apazigua o meu rosto, que fica, muitas vezes, quando mais sensível, vermelhinho depois de ser lavado. Nada de muito grave, mas com um pequeno desconforto que passa imediatamente assim que passo o disco de algodão húmido. Convém relembrar que, apesar de o laboratório indicar esta loção para peles normais a secas, eu tenho uma pele normal a mista (julgo eu, com cada vez maior convicção), diferente em várias regiões do rosto, e desidratada, e ela reage muitíssimo bem a este produto. Como se ele equilibrasse a minha pele e a deixasse mais calma para receber o hidratante. 

O frasco, de uma borracha baça maleável que eu acho muito distinta, de 200 ml, está quase a acabar e eu já cheia de pena que tenha mesmo de ficar por cá. Não é o tónico mais barato e, como parente pobre da rotina facial (ou porque não tem resultados tão visíveis quanto os cremes ou porque simplesmente não lhe dão o crédito devido), não agrada a toda a gente. No site BeautyBay, com envio internacional gratuito, podem encontrá-lo a €19,50/ R$68,50. Para quem sente a pele mais seca ou sensível a produtos de limpeza, pode ser que seja uma solução interessante. Fica a dica.  


Ingredientes (para os mais interessados):
Aqua/Water/Eau*, Glycerin, Polysorbate 20, Fructooligosaccharides,Carnosine,Algae Extract,Disodium Adenosine Triphosphate,Peumus Boldus Leaf Extract, Pentylene Glycol, Sodium Citrate, Propylene Glycol, Citric Acid, Butylene Glycol,Xanthan Gum, Phenoxyethanol,Fragrance(Parfum), [ES 019] * Cellular Water (Aqua/Disodium Adenosine Triphosphate/Carnosine/Mineral Salts).

sábado, 19 de julho de 2014

Canjica

por Carol Vannier

Eu sempre adorei canjica. Lá em casa e na casa da minha avó era uma coisa frequente na páscoa, nas festas juninas, ou qualquer dia de inverno. Aquele panelão ficava ali no fogão vários dias, sendo fervido e reformado várias vezes, porque os carocinhos de milho iam sobrando enquanto o leite ia acabando. É que lá em casa tem muitos bezerrinhos que usam a canjica como desculpa pra beber leite adoçado com canela, com um milhozinho ou outro pra enfeitar. Não sendo muito bebedora de leite, eu era uma das poucas que ia dando baixa nos milhos.

E então eu provei a canjica da Angelita. Eu nem sabia que dava pra gostar mais ainda de canjica! A canjica dela é cremosa, coesa, uma coisa linda. Descobri que as canjicas podiam ser que nem feijão. Tem aqueles cremosos maravilhosos e aqueles que são caroços boiando num caldo, o feião chuá-tum-tum: chuá do líquido descendo e tum-tum dos carocinhos vindo atrás. Então percebi que a canjica da minha mãe era chuá-tum-tum, mas que não precisava ser assim. Toca a aprender a fazer canjica com a Angelita!

O segredo pelo que pude perceber é ficar mexendo a canjica, como se fosse um risotto, para soltar a goma que vai fazer tudo ficar mais cremoso depois. Ela também usa creme de leite às vezes, mas não achei que fez tanta diferença quanto mexer. É um pequeno investimento de tempo e paciência mas uma grande evolução para a sua canjica!



CANJICA DA ANGELITA

Ingredientes:

500g de milho de canjica 
1 litro de leite
1 lata (395g) de leite condensado
1 garrafa grande ou duas pequenas (500 ou 400ml) de leite de coco
alguns paus de canela
opcional: 1 lata (300g) de creme de leite

Preparo:

  • Cozinhe o milho numa panela de pressão por aproximadamente 1 hora, marcando o tempo desde o início, mesmo antes de dar pressão. O milho tem que estar coberto com bastante água, de maneira que se você mergulhar a mão na panela até encostar nos milhos, seus dedos fiquem todos submersos. Se o milho não estiver bem macio, cozinhe mais tempo, colocando mais água se necessário.
  • Na mesma panela, acrescente os outros ingredientes, mudando a proporção se quiser ao seu gosto. 
  • Acenda o fogo de novo e vá mexendo sempre, soltando os milhos uns dos outros, e estimulando o milho a soltar sua goma. Assim a canjica vai ficar bem cremosa. Mexa até ficar satisfeito com a consistência.
  • A canjica vai ficar mais grossa depois de esfriar. Se quiser, reaqueça colocando mais um pouquinho de leite, ou o creme de leite. 
  • Sirva quentinha com canela em pó por cima.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Viagem | Três sites de interesse: Skyscanner, Booking e Hostelworld

Aproximando-se o nosso regresso ao velho continente, com companhias low cost e uma mobilidade única (quer queiram, quer não), começamos aqui em casa a pensar em possíveis escapadelas de fim de semana por algumas capitais europeias, especialmente para comemorar uma ou outra data especial. Andamos sempre à procura das melhores ofertas, para os turistas de bolso raso que somos, sem grandes exigências de topo no que diz respeito a hotel (claro que um bom nível de higiene é característica obrigatória, isso nem se coloca, mas tamanho de quarto, tipo de cama, extras não são, para nós, de todo necessários) ou conforto na viagem (conseguimos tanto andar num avião low cost, a um melhor ou a um autocarro cheio, se o preço for melhor). Por isso, há alguns sites onde pesquisamos sempre promoções e/ou ofertas imperdíveis que nos permitam ter uma viagem com a melhor relação qualidade/preço possível. Como várias pessoas me perguntam onde encontramos alojamento e viagens aos preços a que encontramos, eis as três dicas que vos deixo (conselhos à Bruno Aleixo, que, afinal, também é da minha maravilhosa Coimbra):

1. Skyscanner - Já escrevi aqui sobre este site no post sobre a preparação da viagem a Paris. É uma página que lista uma comparação de voos, com várias opções de companhias e até mesmo de combinações variadas entre várias agências, pelo melhor preço. Não faz a venda de bilhetes, quando um valor nos interessa, redirecciona-nos para outro, mas, como inclui até as companhias low cost, acaba por fazer todo o trabalho de pesquisa por nós. Muito prático, muito simples. Podemos até colocar apenas o país e o mês em que pretendemos viajar e ele analisa o melhor preço para os vários aeroportos do destino e para os vários dias do mês escolhido. É, sem dúvida, o primeiro site que abrimos, ao planear uma viagem.

Filoxenia Studios, Galaxidi,Grécia
2. Booking - Quando começamos a receber o nosso salário, quando a escassez de fundos para viajar é ainda maior, eis que podemos adoptar o Booking como nosso amiguinho. Depois de fazermos o registo, chegam-nos sempre ofertas imperdíveis, com descontos consideráveis, com as quais já encontrámos algumas pérolas. Em Galaxidi, Grécia, por exemplo, perdido na pequena vila, estava o alojamento digno de uma comédia romântica, das gregas, muito bem cuidado, bem decorado, com pequenas varandas de onde se viam um pôr do sol lindo e um pequeno almoço de ir ao céu e voltar. Tudo, a preço de amiguinho, claro. Um pequeno tesouro apresentado pelo Booking que, como este, já nos mostrou outros. Tem hotéis, pensões, residenciais, apart-hotéis, variadíssimas opções do mais caro (muito mais caro!) ao mais barato, pelo mundo fora. Dá mais trabalho do que ir a uma agência e pedir que nos façam tudo? Claro que dá, mas, pelas nossas contas, o esforço de preparação que temos tido nas viagens tem-nos poupado pelo menos metade do que custam alguns pacotes, fazendo o roteiro à nossa medida. Para nós, não há melhor (mas claro que isto depende de cada pessoa e o estilo de viagem que quer fazer, mais ou menos activo).

3. HostelWorld - Para quem gosta de viagem de mochila às costas e dormitórios (que era o que fazíamos sempre e que, agora, também não nos importamos de fazer, consoante a situação e o local), o HostelWorld pode ser um auxílio tremendo. Segue a lógica do Booking, mas com alojamentos mais baratos, com preços por pessoa bastante menores do que os hotéis, especialmente em dormitórios de muita gente, com casa de banho partilhada e todas essas delícias de partir à aventura com tudo às costas e poucas moedas nos bolsos. Para algumas cidades, como por exemplo Londres, em que a estadia arromba qualquer um, é ainda o nosso site de eleição, já que não nos incomodamos de ficar umas noites (poucas, vá) em dormitórios e partilhar casa de banho desde que tudo seja limpo e em condições. Até agora não temos tido problemas com os que acabamos por escolher. 

Se tiverem mais alguma sugestão, partilhem connosco, nos comentários, por favor. É sempre bom saber estas ajudas para viagens boas e baratas. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Bolo de Fubá

por Carol Vannier

Engraçado, jurava que já tinha postado esse bolo por aqui. Esse não é tão das antigas quanto o de cenoura, mas desde que aprendi a receita, deve ser o bolo que faço com mais frequência, ainda mais porque é fácil ter todos os ingredientes na despensa. Bolo pra mim é das maiores tentações, ainda mais esse tipo de bolo simples que pede um café ou um chá pra acompanhar. Pra quem também gosta desse tipo de bolo, vai agradar com certeza!

Eu aprendi essa receita com uma cozinheira de mão cheia, especialista nessas comidas caseiras que todo mundo adora. Ela recomenda um fubá especial, moído em moinho de pedra, que por aqui encontramos no Hortifruti. Eu já fiz também com o fubá normal e com uma farinha de milho fina pra polenta que eu achava no supermercado na França. Sempre deu certo, mas dá pra notar a diferença. Outra coisa é que, espantosamente (pra mim que adoro!) ela não gosta de manteiga, e faz esse bolo com margarina. Então você pode fazer com o que preferir, os dois são testados e aprovados.

Olha a crosta toda rachadinha... :P

BOLO DE FUBÁ DA BETH

Ingredientes:
3 ovos, claras e gemas separadas
3 xíc. (600g) de açúcar (É muito, e causa uma casquinha maravilhosa. Dá pra reduzir um pouco pra ficar menos doce, e ainda ter um pouco de casquinha. 2 e 1/2 xíc. por exemplo)
150g de manteiga, um pouco amolecida
1 e 1/2 xíc. (200g) de fubá
1 e 1/2 xíc. (200g) de farinha de trigo
1 garrafinha (200ml) de leite de coco
1 colher de sobremesa de fermento

Preparo:

  • Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe uma fôrma de furo no meio.
  • Bata as 3 claras em neve e reserve.
  • Bata as gemas, o açúcar e a margarina na batedeira, até formar um creme bem claro.
  • Acrescente o fubá, a farinha, o leite de coco e o fermento, e bata para misturar.
  • Acrescente delicadamente as claras em neve.
  • Despeje na fôrma e asse por aprox. 35 minutos, ou até dourar, ficar elástico ao toque e um palito inserido sair limpo.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Rodial | Dragon's Blood Hyaluronic Mask

Aqui há uns meses, ainda estava eu em Paris *suspiro*, a Showroom Privée decide colocar vários produtos da Rodial numa promoção fantástica, com preços para lá de aliciantes. Por mais que conhecesse a marca pelo nome, os elogios tecidos por algumas bloggers portuguesas* (daquelas que eu sigo e em quem deposito total confiança na hora de ler opiniões sobre produtos, que se contam pelos dedos das mãos) foram o incentivo que faltava para comprar duas máscaras, para trazer aqui para o Brasil, entre as quais esta Dragon's Blood Hyaluronic Mask.


As promessas da marca são muitas, entre elas a de resultados visíveis instantâneos. Garante que o ácido hialurónico e tensores preenchem as linhas finas e dão firmeza e hidratação à pele, confortavelmente, e promete a redução da vermelhidão, atenuação de imperfeições e uma tez mais lisa e firme. Ambições elevadas para um simples produto, pensei eu, mas estava disposta a experimentar como máscara de noite, que uns meses em França, e uns dias no ar de Nova Iorque, deixaram-me a pele num estado de secura nunca visto.  

As encomendas da Showroom Privé testam a capacidade de paciência e contenção de cada um, já que demoram sempre algumas semanas a chegar. Confesso que no meu caso a minha ficou em Portugal à minha espera, que não sou pessoa para gerir com facilidade a ansiedade de querer experimentar tudo, pelo que entre malas, partidas e chegadas, só comecei a testá-la com afinco e amor aqui no Brasil. Uso-a semanalmente, depois de uma máscara de exfoliação, sempre durante uma noite inteira, que é menina para dormir muito bem connosco, sem constrangimentos de odores ou manchas estranhas na almofada no dia seguinte. Atenção, há que se gostar do cheiro dela, que não é nem subtil nem comum. A mim, felizmente, não está no leque dos enjoativos nem intoleráveis por qualquer outra razão. E ainda bem, que é máscara para me dar outra cara no dia seguinte. 

Toda a minha rotina facial tem tentado adaptar-se ao clima mais húmido brasileiro. Já usei produtos matificantes, que deixaram a minha pele muito seca, outros que dispararam a produção de sebum (vá-se lá entender se ela é normal a mista, mista ou qualquer outra coisa estranha que foge aos padrões e que me deixa confusa), e agora acho que finalmente encontrei alguns produtos que a deixam equilibrada. Em qualquer das situações, usar esta máscara era sempre um alívio. Nos dias em que a pele decidia secar e ficar mais sensível e vermelha, esta máscara ajudava a acordar com uma tez de facto mais uniforme e viçosa (que isto de ter de passar horas à frente do computador num quarto deixa-nos cinzentas e baças em qualquer parte do mundo). Quando havia excesso de sebum, dava-lhe com uma boa limpeza com exfoliantes à base de argila que aqui tenho (e que não consigo usar em Portugal), seguida desta máscara e, mais uma vez, acordava outra. As diferenças são, realmente, visíveis, especialmente no quesito de hidratação e controle de imperfeições e vemelhidões (tenho sempre alguma dificuldade em, a olho nu, medir o efeito de firmeza com um só produto, já que estou a usar outro com o mesmo fim, ao mesmo tempo).      

Encontram esta máscara na ASOS.com, supostamente com entrega internacional grauita. Não é de todo a mais acessível, a €54,93 por 50 ml, mas, para quem precisa de um boost de energia e revitalização na pele, julgo, na minha humilde opinião, ser uma excelente aposta que vos durará vários meses. Podem sempre tê-la como SOS, só para aqueles dias em que acordarem em conflito aberto com a pele, e querem sair do confronto vencedores (que nem todas temos a sorte de ter um rosto pacífico) e aí durará mais ainda. Podem, inclusivamente, fazer como eu e esperarem que a Showroom decida colocá-la a 12 euros (!!!) novamente, numa campanha como a anterior. Agradeceríamos de todo o coração.    

Porquê "Dragon's Blood"? Vejam aqui.

Ingredientes (para quem interessar, já que a minha óptica será sempre de uma leiga utilizadora): 
Aqua (Water), Glycerin, Cyclopentasiloxane, Polysilicone-11, Propylene Glycol, Dimethicone, Pentaerythrityl Tetraethylhexanoate, Phenoxyethanol, Hydroxyethyl Acrylate/Sodium Acryloyldimethyl Taurate Copolymer, Acrylates/C10-30 Alkyl Acrylate Crosspolymer, Triethanolamine, Squalane, Sucrose Palmitate, Galactoarabinan, Glyceryl Linoleate, Tocopheryl Acetate, Disodium EDTA, Ethylhexylglycerin, Polysorbate 60, Parfum (Fragrance), Limonene, Potassium Sorbate, Sodium Hyaluronate, Sorbitan Isostearate, Geraniol, Linalool, Croton Lechleri Resin Extract.

* Para cuidados de pele, Bola de Sabão, Coisas & Cenas, Make Down, Patuxxa, Pretty Exquisite são os que mais procuro.

sábado, 5 de julho de 2014

Arroz de Polvo

por Carol Vannier

Esses "feriados" de jogo do Brasil são uma boa oportunidade pra fazer uma comidinha mais caprichada, dividida entre amigos e família. Temos o clássico churrasco, mas chegadas (e passadas!) as quartas de final, acho que todo mundo já matou a vontade de churrasco. Hoje fiquei com um cardápio de frutos do mar, uns camarões ao alho e óleo de entrada e um risotto de polvo e brócolis como carro chefe.

Eu chamei no título de arroz de polvo e não de risotto, primeiro porque ele não ficou muito risotto, já que tinha pouco arroz proporcionalmente (ele acabou sendo batizado de polvotto de arroz), e não deu toda aquela "liga" que caracteriza os risottos. Depois que você pode fazer com arroz normal e também vai ficar muito bom.



Seja como for, você precisa começar cozinhando o polvo. Tem quem cozinhe o polvo dando choques térmicos nele: água fervendo, água gelada, repetindo várias vezes. Mas você pode colocar na panela de pressão também. Cubra de água, coloque sal, meia cebola espetada de cravos e umas folhas de louro, e cozinhe por aproximadamente meia hora depois que der pressão. Depois pique o polvo e reserve a água do cozimento.

Na hora de fazer, pique bastante alho e cebola para começar um refogado, e pique também o brócolis cru. Refogue tudo em bastante azeite, acrescente o arroz (normal ou de risotto) e o polvo picado. A diferença se for fazer risotto é que tem ir colocando a água (do cozimento do polvo) aos poucos e ficar mexendo pra soltar a goma do arroz, até tudo ficar cozido. Se for usar arroz normal, coloque 3 volumes da água para cada volume de arroz e tampe. Assim fica bem molhadinho.

Não gosto de dar quantidades em pratos salgados, mas só pra dar uma noção, eu fiz com 1 polvo muito grande, de mais de 1kg, mas acho que 1kg teria sido uma conta melhor. O brócolis foi um maço inteiro, e o arroz foi aprox. 350g. Dava pra umas 5 pessoas normais fácil, mas 3 monstros se esbaldaram... antes de assistir outros 11 monstros fazerem a festa.


quinta-feira, 3 de julho de 2014

Malévola e as asas perdidas

foto: disney.wikia.com
Finalmente fui ao cinema ver a Maleficent, semanas depois de estrear, já em 2D (como preferia), com olhos carregados e tshirt da Evil Queen, que há qualquer coisa nos vilões tradicionais que sempre me puxou mais do que nos heróis sem sal. Babei pelo baton da Angelina Jolie do início ao fim e saí de lá com a nítida sensação que, a ser alguma personagem ficcional, seria sempre algo parecido com esta Malévola, que voa, que sente, que se revolta, que parece mais humana que dezenas Auroras, sempre a rir, sempre alegres. E que se veste e maquilha muito melhor!

Vejamos, também, como ela, perco a minha luz quando sou colocada numa situação em que fico sem asas, sem ter como nem onde me movimentar livremente, descontraidamente, sem ter de olhar para o lado em constante sensação de perigo, sem me sentir plenamente segura e confiante no caminho que estou a percorrer. Sem asas também me fecho nos lugares mais tenebrosos da minha alma, os mais escuros, procurando razões e formas de sair dali, sem conseguir voar dali para fora, como tão bem sei fazer. E a angústia apodera-se de mim, e os dias ficam mais cinzentos, e o Sol não brilha com a mesma intensidade. Porque me deixei arrastar, porque fui obrigada, porque não é com ferro que se condenam todas as criaturas aladas. Em silêncio.

Portanto, ponham-me um baton vermelho daqueles, prendam-me num espaço do qual não posso ver além das nuvens e sim, seria uma Malévola facilmente, com olhar atroz e sarcasmo nos lábios. Sobre o filme, não é brilhante (embora eu adore fantasia e tenha adorado ver este no cinema), mas vale quanto mais não seja pela caracterização fantástica da Angelina Jolie.


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