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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Babycakes

por Carol Vannier

Tem um fenômeno engraçado que acontece com nomes estrangeiros às vezes. A gente usa um nome estrangeiro pra uma coisa estrangeira, crente que é assim que o povo "dono" dessa coisa a chama, mas na verdade não é. Às vezes, pra piorar, a coisa nem é original daquele país. Por exemplo, na França eles chamam de sporting aquela uma esticada pra beber alguma coisa depois do trabalho. Nenhum inglês ou americano consultado conhecia a expressão. Eu poderia dar exemplos de coisas assim que falamos aqui no Brasil, mas só porque eu queria usar nesses texto, esqueci todos, claro.

Foto: Nigella.com
Mas um que eu não esqueci é esse: a gente chama de petit gâteau um bolinho que até pode ser comum na França, só que em francês petit gâteau quer dizer muita coisa, mas eu arriscaria dizer que nunca é aquele que a gente imagina. Se quiser pedir algo parecido com o "nosso" petit gâteau, peça um moelleux au chocolat. Ele pode ser pequeno ou um bolo grande cortado em fatias, mas vai ter aquele centro de chocolate derretido que povoa nosso sonhos gulosos, lindamente chamado de coeur fondant.

Toda essa introdução para dizer que eu faço há anos essa receita que todo mundo chama de petit gâteau, mas que veio de um livro da Nigella, o How to be a domestic goddess, e nele se chama Molten Chocolate Babycakes. Chame como quiser, o importante é que é bem simples de fazer e agrada todo mundo :)

Sobre o chocolate, eu já fiz com variados tipos e qualidades, sempre deu certo, mas o resultado pode ficar mais ou menos doce dependendo do teor de açúcar do seu chocolate. Como sempre acompanho com sorvete, acho que quanto menos doce melhor, para contrastar. Esse último foi com chocolate 70% cacau e ficou ótimo!


Foto improvisada, só para documentar 
MOLTEN CHOCOLATE BABYCAKES
Do How to be a domestic goddess, da Nigella Lawson
Rende aprox. 12 bolinhos do tamanho de um cupcake, ou 6 bolinhos em fôrmas de 180ml

Ingredientes:50 g de manteiga amolecida + manteiga para untar
350 g chocolate meio amargo (É o ingrediente principal. Se puder, capriche na qualidade.)
100 g (1/2 xíc.) de açúcar
4 ovos grandes, batidos com uma pitada de sal
1 c. chá de extrato de baunilha
50 g (1/3 xíc.) farinha de trigo


Preparo:
  • Se você for assar na hora, e não estiver preparando com antecedência, pré-aqueça o forno a 200ºC e coloque um tabuleiro vazio dentro.
  • Unte as fôrmas que for usar. A receita manda fazer discos de papel manteiga e forrar o fundo das fôrmas depois de untar. Eu fazia obedientemente, mas descobri que nas minhas fôrmas de alumínio isso não faz a menor diferença.
  • Derreta o chocolate, no microondas ou em banho maria, e deixe esfriar um pouco.
  • Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar até ficar um creme fofo e claro. Vá adicionando aos poucos os ovos com sal e a baunilha e batendo. Depois adicione a farinha, e quando estiver misturado, adicione o chocolate, até que fique homogêneo.
  • Distribua a massa nas fôrmas, e coloque-as no tabuleiro que já estava no forno. O tempo de forno depende da temperatura do seu forno e do tamanho das fôrmas que você escolheu. Deve ser algo entre 7 e 10 minutos se a massa não estiver gelada. Minha sugestão é fazer um bolinho de teste e depois ajustar o tempo dos próximos se for o caso. Se sobrarem bolinhos você pode guardá-los na geladeira e assar depois, aumentando o tempo de forno (+- 2 minutos a mais).






sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Rolinhos

por Carol Vannier

Até escrever aqui na Salinha, nunca tinha me dado conta de como gosto de aperitivos/petiscos variados. Olhando bem, já foram várias receitas, e sempre me animo de conhecer mais alguma. Gosto tanto do fato de saber que eles estarão ali para não deixar ninguém com fome esperando o prato principal, quanto gosto de fazer uma refeição sem prato principal, só com uma boa variedade de petiscos diferentes. Sinais da gulodice... ;)

Hoje o post é 2 em 1, até porque uma das receitas nem pode ser chamada de receita, é quase um bônus: enrole fatias de bacon em volta de tâmaras sem caroço e asse. Pronto! Simples assim, e o resultado é tipo uma bala toffee de bacon. (Faltou aqui um emoticon chocado em descobrir que algo tão bom pode ser tão fácil de fazer).
Dicas: 
1- Uma tâmara consegue ser enrolada com metade de uma fatia de bacon, ou até um terço, dependendo do tamanho dela e da sua vontade de aumentar a proporção de bacon.
2- Trate isso exatamente como um pacote de bala: o quanto você fizer é o tanto que você vai comer, um atrás do outro, compulsivamente. Ou é isso que eu faço pelo menos. Então produza com moderação!

Essa foto é da hora de servir. No tabuleiro eles estavam bem mais espalhados.

Para contrabalançar essa farra do bacon, um rolinho vegetariano e bem light: fatias de abobrinha grelhadas com recheio cremoso de ricotta. Calma, não fuja ainda, tem azeite também, e fica muito bom!

Essa receita é adaptada do Shutterbean, e lá tem muitas fotos que ajudam a explicar o processo. Como vocês podem ver olhando para a minha foto, acho que grelhei pouco as abobrinhas. Na receita original elas estão bem mais douradas e nem precisaram de um palito para ficar enroladas. Mas cozinha é treino, né? Quem sabe na próxima?


Dá pra ver que regularidade não é meu forte


ROLINHO DE ABOBRINHA
adaptado daqui - veja o link se quiser imagens passo a passo muito lindas
  • A parte difícil é logo a primeira: cortar algumas abobrinhas em fatias, nem muito finas, nem muito grossas. Algo em torno de 0,5 cm. Antes de cortar tudo, corte algumas e faça o teste, grelhando dos dois lados e vendo se ela fica firme o suficiente para não se despedaçar, e macia o suficiente para se enrolar sem quebrar.
  • Para grelhar, pincele cada fatia generosamente com azeite, para garantir que não vai agarrar. Tempere com sal e pimenta do reino também, porque leva pouco recheio proporcionalmente, então ele não vai segurar sozinho todo o tempero.
  • Prepare um recheio cremoso de queijo. Pode ser queijo de cabra se você for uma pessoa sortuda, ou ricotta caseira se você for como eu (gosta de ter trabalho e não gosta de gastar dinheiro). Ou ricotta fresca comprada pronta (eu te admiro, juro). O importante é ter um certo grude, pra facilitar na hora de enrolar. Tempere o queijo com sal, pimenta do reino, salsinha picadinha, o que gostar. A minha ricotta caseira não teve todo o grude que eu queria, então botei uma colherada de requeijão também.
  • Enrole cada fatia com uma colher de chá de recheio e algumas folhinhas de manjericão e espete com um palito para segurar se precisar. 
Quantidades aproximadas: para umas 5 abobrinhas (fora os descartes nas tentativas e erros) eu usei mais ou menos 300g de ricotta.  

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Amores de Outono 2014

O Outono chegou, desagradando uns e alegrando outros que, como eu, adoram voltar às mantinhas polares no sofá, às maquilhagens mais carregadas, às roupas de tons mais escuros, aos collants (ah como os adoro!), aos cházinhos com bolachas sem suar e tudo o que tem de bom esta estação. Cada vez mais tenho a certeza que sou uma criatura de Primavera e Outono, que gosta pouco de calor ou frio extremo (reagindo muito pior com o primeiro, admito), e que preza a beleza da mudança de tons, aromas e sensações, de umas estações para as outras. Depois de muitos anos a escapar ao processo e sentir uma falta enorme dele, eis que o Outono chega, para limpar armários, cabeças e organizar o ano. E como me estou a divertir com isso, de forma muito produtiva!

Apesar de as colecções de maquilhagem estarem repletas de coisinhas que gostaria de testar, neste meu processo de limpeza de tudo o que está a mais, de vontade de terminar produtos e de definição de prioridades daquilo que quero mesmo, pouquíssimo seria o que, se estivesse para aí inclinada, compraria. Considerando que, neste momento, se precisa (realmente) de uma base ou um BB que me agrade, para todos os dias, e de novos produtos de firmeza e anti-idade a introduzir à rotina diária de pele (assim que terminar os que tenho), escolhi apenas cinco produtos de maquilhagem como predilectos deste Outono (a minha lista de desejos de cremes, séruns e afins é muito maior): 


1. Guerlain KissKiss 303 "Beige Booster" - Confesso que sou uma apaixonada pelo ar luxuoso das embalagens da Guerlain. Especialmente quando aliadas a produtos de qualidade, que os meus lábios adoram, são os batons de sonho que a minha colecção sempre quis ter. Este Outono a marca francesa lançou vários Kiss Kiss, nesta embalagem preta, linda, com cores que serão permanentes. Não carecem, então, de histeria profunda e de corridas à loja com cabelo desgrenhado, o que permite que, mais tarde, quem sabe, um dia, quando achar que no topo de prioridades está um nude bonito, já sei por qual vou procurar. 

2. Tom Ford Contouring Cheek Colour Duo "Softcore" - Enquanto não conseguir pôr as mãos num destes conjuntos de blush e iluminador da Tom Ford não descanso. Gosto da embalagem, gosto dos tons e especialmente da praticidade de ter ali dois produtos num só, extremamente útil para viagens. Este Softcore parece-me um tom ideal para a estação que se aproxima, numa pele que não bronzeou, como a minha, com um acabamento bastante natural (pelas fotos que vi, pelo menos). É preciso mais razões ou basta olhar para ele e suspirar de desejo?

3. Givenchy Jelly Blush "Rose Extravagant" - Não tenho blush algum com esta textura, o que por si só já desperta o bichinho curioso que há em mim. Nas fotos que vi parece-me dar um tom bastante saudável, quando espalhado correctamente, mas ainda não consegui fazer o teste por mim, em loja. Infelizmente, não conheço perfumaria alguma, algures aqui por Coimbra, que tenha Givenchy. Se conhecerem, digam-me, por favor, para eu ir inspecionar esta geleia colorida. Obrigada!

4. Laura Mercier Sensual Reflections Cheek Melange "Sensual Reflections" - Pelas opiniões que vi sobre este blush, questiono-me se a qualidade valerá o preço ou estará à altura de algo da minha querida Laurinha. Mas olhemos para ele... Quão bonitinho é? Gosto das três cores separadas e poderá ser uma mistura interessante, muito outonal e luminosa. Mas ficaremos pela contemplação virtual, que dificilmente seria produto para vir morar cá para casa especialmente quando compete com os dois de cima, muito mais apetecíveis.

5. Dior verniz 902 Bar - Da mesma forma que não resisto à paleta de sombras com o mesmo nome, pudesse eu usar verniz este Outono/Inverno e esta cor já tinha lugar garantido na minha caixinha de produtos para as unhas. Testei-o apenas e haja preto mais bonito! Seca rápido, é brilhante mas sem exagerar e tem um toque de brilho discreto e elegante. Estão rendidas? Eu estou!  

Estou de poucas paixões, não é? Ando assim, vamos ver até quando. E o que vos atraiu irremediavelmente nas colecções de Outono?

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Maternidade | O Abono Pré-Natal

Hoje vamos a um post de serviço público, que a coisa não está fácil e, quando há apoios interessantes e que mostram que o dinheiro dos contribuintes não está (todo) a ser mal aproveitado, há que divulgar e chegar a toda a gente (especialmente a que precisa e não aos que se julgam no direito de sugar toda a acção social que podem, contornando declarações e vestindo a pele de coitadinhos -- mas isso seriam outros quinhentos e não é o nosso foco).

A maternidade em Portugal não está fácil e muito se fala da queda das taxas de natalidade. Ainda a semana passada, o governo falava de pacotes de apoio às famílias que decidem ter filhos, mas entre o muito que se fala no Parlamento e a acção propriamente dita, já vimos que vai uma distância que leva projectos menos interessantes economicamente a perder o rumo, a velocidade e a ficar a meio do caminho. Mas, entre promessas futuras e cortes em subsídios que já se conhecem bem, há um abono que passa despercebido e não é tão divulgado quanto deveria (creio eu, pelo que converso com as pessoas desde que o conheço) -- o Abono Pré-natal (APN).  

A informação sobre o abono e o procedimento para se candidatarem a ele está praticamente toda, bem clara e discriminada, no site da Segurança Social, mas, resumindo alguns pontos chave, aqui vão as questões mais básicas, que possam interessar a todos os que decidiram aceitar o desafio de ser pais (ou foram lá parar por acaso, que aqui tudo é valido). 

Quem pode pedir e quando? 
Mulheres grávidas, a partir da 13ª semana de gravidez (comprovada pelo centro de saúde ou maternidade), nacionais ou estrangeiras a residir em Portugal. O APN pode ser pedido, junto da Segurança Social, em qualquer fase da gravidez ou seis meses após o parto (contado a partir do mês seguinte ao nascimento.

Quais as condições para se ter direito?
A mulher que pedir o APN tem de já ter completado a 13ª de gravidez; ser residente em Portugal e "ter um rendimento de referência igual ou inferior ao valor estabelecido para o 3º escalão de rendimentos" (todas as informações sobre a fórmula de cálculo podem ser encontradas, mais uma vez, no site da Segurança Social e, em dúvida, o melhor é ir à Loja do Cidadão ou à Seg Social mais próxima. Eu tentei ligar à linha directa e, depois de esperar um bom tempo, nunca consegui falar com ninguém.).

É importante igualmente considerar que a requerente e o seu agregado familiar, à data do requerimento, "não podem ter um património imobiliário (depósitos bancários, acções, obrigações, certificados de aforro, títulos de participação e unidades de participação em instituições de investimento coletivo) no valor superior a 100.612,80 EUR (corresponde a 240 vezes o valor do IAS)."

Qual a duração e o valor?
O APN é dado durante seis meses (contar com dois meses para resposta por parte da Segurança Social, que, se considerado como válido e elegível o processo, dá sempre os seis meses, independentemente dos prazos de candidatura), e pode oscilar entre três escalões, de 92, 29€/mês a 140,76 €/mês, para casais, e entre 110,75€/ mês e 168,91 €/ mês para famílias monoparentais.

Como requerer?
A mulher grávida ou o seu representante legal pode dirigir-se às Lojas do Cidadão, às agências de Segurança Social espalhadas pelo país, ou até mesmo inscrever-se na Segurança Social Directa e dar início ao processo todo online, e entregar os seguintes documentos:

  • Formulário Mod. RP5045-DGSS (clicar aqui para ver a versão pdf)
  • Fotocópia de documento de identificação civil (certidão de registo civil, bilhete de identidade, boletim de nascimento, cartão de cidadão, passaporte, etc.)
  • Fotocópia de cartão de identificação fiscal (no caso de já terem o Cartão do Cidadão, o número já vem na fotocópia acima)
  • Documento comprovativo de residência em território nacional, no caso de cidadã estrangeira
  • Certificação médica do tempo de gravidez, Mod. GF44-DGSS (clicar aqui para ver a versão em pdf), que é assinada pelo/a médico/a que aompanha a gravidez e carimbada no Centro de Saúde ou Maternidade
  • Documento da instituição bancária comprovativo do NIB, no caso de pretender que o pagamento seja efetuado por depósito em conta bancário.
  • Se o abono for requerido online, no serviço Segurança Social Direta, os meios de prova podem ser enviados pela mesma via desde que corretamente digitalizados.
O site indica ainda os direitos e deveres de todos aqueles a quem é concedido o Abono Pré-Natal e ainda esclarece alguns conceitos úteis que são usados ao longo do processo. Portanto, mais uma vez, sugiro, a quem estiver interessado e que cumpra os requisitos, a leitura da página da Segurança Social.

Espero que esta informação seja útil para todas as leitoras que estão grávidas, estão a pensar engravidar ou conhecem alguém que possa usufruir deste Abono. Afinal, é sempre bom sabermos que os descontos (ou alguns) que fazemos mensalmente têm um propósito mais nobre. 

sábado, 13 de setembro de 2014

German Chocolate Cake, que não é alemão

por Carol Vannier

Na busca por um bolo de camadas para fazer pro aniversário da minha mãe, me lembrei dessa receita que já vi aparecer em mais de um blog de culinária dos que eu sigo, e que já tinha me saltado aos olhos desde a primeira vez. Um bolo de chocolate com recheio de nozes pecã e coco, e cobertura de chocolate. Como não amar? O nome do bolo é German Chocolate Cake, mas não é por ser alemão. Na verdade, segundo a Wikipedia, é devido ao nome de um desenvolvedor de chocolates americano, Sam German, que fez uma barra para uso culinário que levou seu nome. Depois uma receita de bolo usando essa barra foi publicada num jornal. Ela levava adiante o nome dele, fez sucesso e o nome se espalhou.

O resultado não ficou devendo em nada às minhas expectativas. O bolo é simplesmente delicioso, ganhou muitos elogios, e pretendo repetir certamente! Gostei tanto que é capaz de quando for fazer de novo, nem mexer na farinha, e manter a misturinha sem glúten que eu fiz. Opa, peraí! É isso mesmo, sem glúten? Mas não era eu que até ontem proclamava meu amor pelo glúten?

Calma, nada mudou por aqui. Eu continuo amando glúten e as maravilhas que ele faz nos pães. E continuo achando que se você não tem nenhum bom motivo pra evitar, ficar evitando por puro esporte é meio estranho. Mas acontece que minha mãe arranjou uns bons motivos pra evitar... e desde que ela cortou trigo da dieta dela, reduziu uma dor crônica e melhorou a sensação de sonolência que ela andava tendo. Ela ainda vai fazer um exame pra confirmar, mas tudo indica que ela tem alguma intolerância ao trigo. E aí eu não vou contrariar, né? Não, de jeito nenhum. Festinha de aniversário sem glúten pra ela então :)

Minhas andanças por blogs de culinária já tinham me levado ao Gluten Free Girl, que eu até citei por aqui antes. Nesse post muito útil a Shauna fez um vídeo, além do texto, falando sobre como fazer seu próprio mix de farinhas sem glúten. O resumo da ópera é: 40% de farinhas integrais e 60% de amidos (em peso e não volume). Ela dá vários exemplos de farinhas integrais e amidos sem glúten, mas muitos são desconhecidos por aqui. Com as minhas reduzidas possibilidades eu fiz a seguinte mistura:

Farinhas Integrais:
20% de arroz
20% de aveia

Amidos:
30% de milho (maisena)
15% de arroz (creme de arroz)
15% de mandioca (polvilho doce)

O bolo ficou super fofo, mas suspeito que seria assim também com trigo, já que ele leva pouca farinha proporcionalmente. Com certeza a falta de glúten deve ter diminuído a elasticidade dele, e na hora de montar as camadas ele sofreu algumas rachaduras, mas nada que a cobertura não tenha conseguido remendar. Acredito que a quantidade de ovos ajude a compensar a elasticidade também.

Não se assuste com o tamanho da receita, porque apesar de grande, ela não tem ingredientes nem passos difíceis. Só que tem várias etapas... todas importantíssimas para a gostosura do bolo!

Enquadramento é tudo...


GERMAN CHOCOLATE CAKE
convertido e ligeiramente adaptado daqui
Para duas fôrmas de 20cm de diâmetro

Ingredientes

Bolo:
200ml (1 xíc.*) de leite
1 c. sopa de suco de limão
100g de chocolate meio amargo picado
75ml (5 c. sopa) de água
180g de manteiga, ligeiramente amolecida
200g + 40g (1 xíc.* + 1/5 xíc.*) de açúcar
4 ovos, gemas e claras separadas
224g (2 xíc.*) de farinha (de trigo ou do mix sem glúten acima)
1 c. chá de fermento em pó
1 c. chá de bicarbonato de sódio
1/2 c. chá de sal
1 c. chá de extrato de baunilha

Recheio:
200ml (1 xíc.*) de creme de leite fresco
200g (1 xíc.*) de açúcar
3 gemas
70g de manteiga
1/2 c. chá de sal
1 xíc.* de nozes pecã, tostadas e picadinhas
1 1/3 xíc.* de coco ralado não adoçado, tostado

Calda:
100ml (1/2 xíc.*) de água
70g (1/3 xíc.*) de açúcar
2 c. sopa de rum escuro, ou brandy, ou whisky, ou... pegou a idéia, né? ;)

Cobertura:
200g de chocolate meio amargo picado
2 c. sopa de glucose de milho
30g de manteiga
200ml (1 xíc.*) de creme de leite fresco

Preparo

Bolo:
  • Misture o leite e o limão e reserve. Esse é seu buttermilk brazuca.
  • Derreta o chocolate junto com a água, ou no microondas, ou em banho maria. Mexa até ficar homogêneo e reserve.
  • Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte duas fôrmas redondas de 20cm e forre o fundo delas com discos de papel manteiga.
  • Na batedeira ou no "braço", bata a manteiga junto com os 200g de açúcar até ficar fofo. Vá adicionando então o chocolate derretido e as gemas, uma de cada vez.
  • Misture numa vasilha a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal.
  • Acrescente metade da mistura de farinha na mistura da manteiga, depois acrescente o leite com limão e a baunilha, e depois a outra metade. 
  • Bata as claras em neve e quando elas estiverem ficando firmes, adicione os 40g de açúcar. 
  • Misture delicadamente as claras no resto da massa, por partes. 
  • Divida a massa entre as duas fôrmas e leve ao forno por aprox. 45 minutos ou até um palito inserido sair limpo e o topo do bolo parecer firme.
Recheio:
  • Prepare as nozes e coco ralado, tostando e picando, e disponha numa vasilha com a manteiga e o sal.
  • Numa panelinha, misture o creme de leite, o açúcar e as gemas. Leve ao fogo mexendo sempre, até a mistura engrossar um pouco, e ficar viscosa o suficiente para cobrir uma colher.
  • Jogue esse creme quente sobre a mistura de nozes e coco e misture bem. A medida que esfriar o recheio deve firmar um pouco.
Calda:
  • Numa panelinha aqueça a água e o açúcar juntos até o açúcar se dissolver todo. Tire do fogo e misture a bebida escolhida.
Cobertura:
  • Coloque o chocolate picado, a glucose e a manteiga numa vasilha. 
  • Aqueça o creme de leite numa panela só até ele dar algum sinal de fervura. Retire do fogo e despeje em cima da vasilha de chocolate. Espere um minuto e misture bem até tudo se incorporar. 
  • Espere esfriar e firmar para usar. Se não firmar nunca como o meu (eu acho que esquentei demais o creme) bata na batedeira um tempo e coloque na geladeira um tempo. Não ficou ideal porque ficou muito aerado, tipo uma mousse, mas ficou bem firme e deu pra confeitar o bolo! 
Montagem:
  • Corte os dois bolos na metade com uma faca grande de serra ou um cortador de bolo. 
  • Arrume as camadas colocando: bolo, algumas colheradas de xarope, 1/4 do recheio, e repita. Lembre de colocar recheio até a borda porque esse não vai espalhar sozinho quando a próxima camada vier. Na camada do topo você pode deixar um pequeno espaço na borda sem recheio para o acabamento da cobertura.
  • Usando uma espátula, cubra as laterais do bolo com a cobertura. Coloque cobertura numa manga de confeitar e decore as bordas da última camada.

*Xícaras de 200ml, que são comuns no Brasil, mas não são o padrão das receitas americanas. Nessas a "cup" equivale a 240ml.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Desejos | A listinha dos 31

Passar os 30 não dói, não nos corrói a alma, nem o ser, nem a essência daquilo que somos e defendemos. Sim, sim, a todos os que me continuam a dizer "quando lá chegares" ou "quando tu fores" isto ou aquilo, "tu vais ver", ofereço um grande sorriso de vilã à la Angelina Jolie em Maleficent e, depois de um irónico "Well, well..." (para quem me conhece, o meu sempre amado "pois é" arrastado, na mesma entoação), penso no quanto estão equivocadinhos (sem lhes dizer, que aqui não é preciso comprovar nada a ninguém a não ser a mim mesma. Pelo contrário, gosta-se sempre de ver dogmas certos, certeiros, indiscutíveis e únicos *pfff* a cair sozinhos, depois de se abrirem os olhos para outras realidades. As tentativas de mostrar que não há só uma forma de se ser algo já se esgotaram e levaram com elas a minha paciência para essas declarações de sábios de algibeira. Discussão é boa, mas com quem vale a pena.). 

Portanto, daqui a nada faço 31, de cabeça erguida, olhando para trás, gostando do meu caminho e reconhecendo que há muita coisa ainda para descobrir, muitos obstáculos ainda por passar e desafios (uns mais fáceis que outros) a enfrentar. E, por mais que as melhores coisas do mundo não tenham preço, há coisas que o têm e que entram rapidamente para a lista dos meus desejos mundanos da vez, que nem só de mente cultivada vive uma pessoa, como também não vive só de luxos exagerados numa cabeça oca (ah, quantas destas eu conheço... e de quantas eu não fujo!).

Assim, a década começa com um desejo antigo e daqueles que dificilmente passará disso, mas aqui vem outra vez:


O meu querido relógio Lexington da Michael Kors, que, infelizmente, pelo que me apercebo, anda a sair da colecção, em rose gold, é tudo o que um pulsinho minúsculo gostava (especialmente se fosse o meu). 


A acompanhar o menino de cima, ou sozinha, que é menina para ter luz por si mesma, uma Interchangeable 2 Rangs Metal, em Beige Rosé 3 e não se falava mais no assunto. 


Não sou a maior fã (em mim, claro) das Pandoras tradicionais, mas confesso que estas de pele têm um je ne sais quoi que me levam à época dos pulsos cheios de entrelaçados e acessórios que tal, que não saiam até apodrecerem, mas dão o pulo para o que me agrada mais agora. Com meia dúzia de pendentes e continhas simbólicas ficam giríssimas e, assim, entre a marca pela primeira vez na listinha deste ano. 

As pulseiras, estas ou outras, marcam assim a data que se aproxima, e ajudam à inspiração daqueles que, aproximando-se o dia, me colocam a inveterada pergunta: "O que queres para os anos?".

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Devaneios | Sobre decotes profundos e liberdade

Os decotes profundos e uma vida sem soutien não são para todas. Pronto. Tenho dito, repito, e as grandes defensoras de uma emancipação do peito livre podem parar de ler aqui e continuar a divagar por outros cantos da vasta web, que aqui carregamos o estandarte da igualdade de género, sim, mas, convenhamos, que também somos livres para nos incomodarmos com o deselegante e o feio. E, vejamos, se push-ups, aros e wonderbras, ou a falta deles, tivesse alguma relação com a consciência de género e a emancipação feminina, quão melhor seria o mundo (dada a quantidade de gente que vejo que não usa o dito suporte como deve ser).

Há peitos, ou vales abismais (de grandes e descaídos, de todas as idades – que não é coisa de mulher “madura”, desenganem-se) que não são para serem partilhados com os restantes mortais assim, sem aviso, com um decote que nunca mais acaba. Pelo menos não sem a consciência que vão atrair olhares (o meu atraem com certeza) pelos piores motivos e não, não valoriza em nada um busto feminino, pelo contrário. Da mesma forma que também não são comummente apreciadas (pelo contrário) tshirts em V nos homens com pelinhos saltitantes e desorganizados, nem lycras justinhas e transparências a qualquer um que não seja o Daffyd Thomas, do Little Britain. Nem calções minúsculos a quem não tiver as pernas da Kate Moss ou com a “polpinha” (como afectivamente lhe chama o espécimen masculino desta casa) do rabinho a espreitar lá por baixo, tal qual prisioneiro a planear a sua fuga.

Gosto de curvas, e muito. Mas também gosto que elas sejam tratadas com carinho, valorizadas, emancipadas sem perderem o encanto. Isso é possível. A indústria da moda, especialmente das grandes multinacionais, não está adaptada a todos os estilos de corpo. O padrão é bem simplificado e direccionado. Mas mesmo assim há como encontrar determinados modelos que favorecem o corpo feminino e o tornam mais bonito e elegante. E olhem que não sou nem fashionista, nem muito dada a tendências, nem tenho um guarda roupa cheio. Portanto, as exigências são realmente básicas (para mim, são minhas, cada um tem as suas).

Atenção, e isto também há que ser dito, antes que me caiam em cima, sou inclusivamente a favor da liberdade em (quase) tudo, inclusivamente de se vestir o que quiser, sempre consciente do efeito que se causa, positivo ou negativo, da mesma forma que, pelo menos sem ofender ninguém, temos o direito (neste caso meu, nesta página, e de quem comentar por aqui), de opinar e manifestar a vergonha alheia (que é coisa para me incomodar horrores) quando algo nos afecta. Sou totalmente a favor da troca de opiniões, mesmo calorosas, e isso alenta o meu espírito. Ao contrário do que muito se pensa, e pouco se compreende, gosto muito que cada um defenda o seu ponto de vista, de forma assertiva, com asserção, argumentando com informação válida, sem que, no final, alguém seja obrigado a se submeter ao outro ou que a apatia vença (gente blasé incomoda-me, confesso). Seria efectivamente uma maçada se pensássemos e fôssemos todos iguais. Um "admirável mundo novo" nunca seria para mim. Disso tenho a certeza.   

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Tabule de Quinoa

por Carol Vannier

Adoro esses saladões bem substanciais que podem tanto acompanhar alguma carne, como virarem uma refeição vegetariana. A idéia é usar algum grão cozido como base e ir enfeitando e temperando como gostar. Gosto de usar cevadinha, couscous e até arroz. E agora a quinoa entrou na roda também. Você pode num dia cozinhar o grão e comer puro como acompanhamento pra outra coisa, e usar a sobra pra fazer uma salada. Assim já diminui o tempo de preparo. O grão de bico eu costumo cozinhar um pacote todo de uma vez e congelar porções pequenas, porque gosto dele assim, como enfeite nessas misturinhas. Aqui no Brasil até encontro ele já cozido em lata ou em caixinhas, mas não acho o preço tão convidativo quanto achava na França.

receita que eu usei como base chama essa salada de tabule de quinoa, mas não é muito parecida com o que a gente come aqui no Rio chamando de tabule. Pelo que eu já vi por aí, tem tabule de todo jeito. Na falta de um nome melhor, mantive esse mesmo. Ficou uma delícia na hora, e até melhor no dia seguinte como almoço no trabalho.


TABULE DE QUINOA

Ingredientes:
1 xíc. de quinoa crua
2 xíc. de água
1 cebola
1 1/2 c. sopa de extrato de tomate
1 c. sopa de sementes de coentro em pó*
2 c. sopa de cominho em pó*
pimenta calabresa a gosto
1 xíc. de grão de bico cozido
3 ou 4 tomates picados em cubos
1/2 pepino picado em cubos
hortelã, salsinha e cebolinha a gosto, picadas
limão a gosto 
extrato de romã a gosto (eu substituiria por um pouco de vinagre balsâmico se não tivesse em casa)
sal, pimenta do reino e azeite a gosto

*Eu só tinha esses temperos inteiros, então tentei triturar no pilão, mas não fiquei satisfeita e bati um pouco no liquidificador. Depois penerei numa peneira grossa, porque as sementes de coentro tem uma casca que não tritura muito facilmente.

Preparo:
  • Cozinhe a quinoa da maneira que preferir. Eu faço tipo arroz, dando uma fritada nela antes, com ou sem temperos, e depois jogando água e cozinhando até secar. Depois de cozida, coloque numa vasilha grande e deixe esfriando.
  • Cebola temperada: pique a cebola em cubinhos pequenos e refogue em um pouco de óleo ou azeite até que ela fique translúcida. Acrescente o cominho, a semente de coentro e a pimenta calabresa, frite um pouco e acrescente o extrato de tomate, deixando cozinhar mais um pouco.
  • Misture a cebola na quinoa e coloque os outros ingredientes: grão de bico, tomate, pepino e as ervas.
  • Vá provando e temperando a gosto com sal, pimenta do reino, azeite, limão e extrato de romã.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Compras | Mimos e saldos no regresso


Depois de uns meses pacatos, sem grandes compras nem incursões neste mundo de coisas bonitas, cheirosas e resplandecentes, eis que, no regresso, tenho à minha espera não só um saquinho com alguns produtos únicos e como também os saldos por aqui, caso me faltasse algo. Embora, no segundo caso, não tivesse ficado deslumbrada com a oferta nas diversas perfumarias, já que estava tudo muito escolhido e, o que havia, não tinha um desconto que valesse a pena, vários mimos que me aguardavam já me arrebataram por completo. 

Começando pelos produtos de cima, temos do lado esquerdo o pó solto matificante Les Voilettes da Guerlain, que encontrei perdido numa Sephora, exactamente no meu tom 03 Beige Medium, com 30 ou 40 % de desconto (confesso que já não me recordo). Andava há algum tempo à procura de um pó de acabamento que me satisfizesse e, com o da Hourglass e o Les Beiges na lista, este será provavelmente o primeiro de alguns que vou com certeza testar, para descobrir do qual gosto mais (e, nada a fazer, vem-me imediatamente a imagem do microfone saltitante do Marco Paulo à cabeça). Usei-o no meu único casamento de Verão deste ano e, a avaliar pela cara de espanto e deslumbramento da minha mãe que quis que lhe aplicasse de imediato o pó na pele dela para ficar com o ar da minha, temos amor. A ver vamos, com o uso continuado, como se porta. Para já, fico a babar pela embalagem elegante, com a esponja luxuosa, de qualidade, que traz. 

O meu primeiro mimo que veio dos Estados Unidos é este conjunto de lápis à prova de água da Sephora, da colecção de Verão passada, dedicada ao Brasil. O 10 Shades of Samba tem todas as cores de eyeliner que eu uso e gosto e, até agora, os que usei têm aguentado firmemente nos meus olhos. Assim que tiver usado e abusado de todos (ou pelo menos da maioria, vá), voltam aqui à Salinha. Em cima, temos um pequeno kit da Benefit, o Good Gals, com três produtos extremamente badalados -- o blush Posietint, o primer That Gal e o iluminador Girl Meets Pearl -- mas que ainda nem abri. Entre obras na casa e as novidades do ano, não tenho tido tempo para brincar com tudo.

Ao lado um protector solar do qual já falei que veio entre bisnagas para mim e para a minha mãe da Cocooncenter. Já escrevi sobre o Filorga UV Defense num outro post, pelo que mantenho o que disse e, neste caso, acrescento que, de facto, o Cocooncenter é bestial para comprarmos produtos de farmácia a um preço óptimo, com uma entrega rápida e segura. Adorei esta experiência e parece-me que nos próximos meses, ou mesmo ano, recorrerei muito ao site. 

Na fila de baixo, à esquerda, ó amor, ó amor! O pó bronzer/blush Sun Celebration da gama Terracotta da Guerlain também veio no mesmo saquinho dos Estados Unidos e, meu deus, é o meu amorzinho do momento, sem dúvida. O bronzeador é de facto alaranjado, mais do que o 4 seasons da marca, por exemplo, mas tem um acabamento mais natural do que à primeira vista parece, se usado com moderação, e os dois blushes são divinais. Tudo numa embalagem de madeira com o sol dourado, selo da linha Terracotta da Guerlain. Puro luxo, senhoras e senhores, puro luxo. Assim que a tiver usado mais umas vezes contar-vos-ei como correu a experiência (mesmo que, infelizmente, talvez só a encontrem agora nos ebays e amazons da vida, quem sabe).

Ao lado temos o primer matificante da Becca que supostamente era para usar no Brasil mas não chegou a tempo. Temos, portanto, base para dias húmidos e chuvosos, e vamos lá ver como aguenta a maquilhagem no sítio. Com o sol que tem feito, não o tenho usado, apesar de, pelos elogios tecidos, até estou a desejar por um dia mais húmido só para lhe dar umas voltas. 

Mais um mimo dos Estados Unidos que ainda está intacto, o blush da colecção de Pedro Lourenço, da MAC. Na passagem do dedo pareceu-me produto para ter um toque mais "cremoso" do que outros blushes da marca, que têm um ar, por vezes, bastante poeirento. Este, pelo contrário, pareceu-me o tal mate-acetinado (mais um conceito aprendido hoje no blog Coisas e Cenas, que isto de explicação de texturas é às vezes bicho com mais de sete cabeças), saudável e natural. Vamos ver qual a duração e comportamento, com um pincel. 

E para concluir esta minha leva de estragos ao bolso do momento, mais um produto que veio de uma promoção de 40% na Perfumes e Companhia do sítio, com a qual queria aproveitar para me reabastecer deste óleo maravilha, de Orquídea Azul, da Clarins, cujo meu primeiro frasco já está pelas últimas (gotas). Terá brevemente um post a ele dedicado, mas se há coisa que avanço já é que não só é bom para a minha pele, como me adormece que é uma maravilha (A. obrigada pela sugestão, uma vez mais!).

A minha próxima compra, assim que tiver encontrado algo que me agrade mesmo, será uma base boa, leve, com um aspecto natural para usar diariamente. Um pequeno véu, que não tenha uma cobertura demasiado pesada nem se sinta. Sugestões?   
  




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Nioxin | Hair System Kit 2 (para cabelos finos)

Setembro para mim sempre foi o mês do recomeço, de limpar a mente em profundidade, de organizá-la e prepará-la para o ano que aí vem. O ano para mim nunca começou com Janeiro, pelo contrário, é Setembro que me dá a energia sugada pelo término que marca o Verão, nomeadamente Agosto. Cada vez mais sei que sou pessoa de Outono e Primavera, de temperaturas moderadas e definitivamente de um casaquinho leve. O calor excessivo e constante não é, de todo, para mim.

Mas posto o desabafo, não poderia deixar de recomeçar o blog, ou pelo menos de tentar seguir o mesmo padrão diário (ou dia sim, dia não, vamos ver) que já era rotineiro, por um produto, ou melhor três, num kit, que já estão para ser partilhados há meses e meses, mas que ficam sempre para trás – o tratamento capilar da Nioxin para cabelos finos.
foto:thefunkygroup.co.uk (entre malas e bolsas o trio não veio comigo)
Há alguns anos atrás, morava eu em Cabo Verde, o meu couro cabeludo andava constantemente irritado, o que provocava imensa queda, muito provavelmente por causa de uma água que não passava pelos tratamentos aos quais estamos habituados, com a qual tomava banho. Como me recusava, por variadíssimas razões, a lavar a cabeça com água de garrafão, comprada, como me aconselhavam alguns a fazer,  chegava sempre a Portugal, nas férias, com um couro cabeludo lastimável, sempre com comichão e uma caspa grossa. No terceiro ano a sofrer o mesmo problema sabia que tinha de encontrar algo que me ajudasse a manter a cabeça mais equilibrada e o cabelo consequentemente mais forte. Foi numa dessas buscas que ouvi uma youtuber (que já não me lembro qual) a falar deste sistema da Nioxin e decidi comprar o starter kit 2, para o meu tipo de cabelo. O trio, que pretende, no seu todo, fortalecer e dar volume ao cabelo, vem com um champô (cleanser), um condicionador (scalp revitalizer) para a raiz e um tratamento específico, para refrescar e manter mais equilibrado o couro cabeludo.

Usando-o por duas semanas, sempre que lavava o cabelo (o que faço dia sim, dia não), pude efectivamente sentir o alívio que pelo menos um deles me proporcionava. Como sempre, ao testar os produtos, acabei por isolar o uso de cada um dos membros deste trio, por um período de tempo, para ver se, sozinhos (ou, melhor, com outros produtos dos quais eu já tinha uma opinião formada e sabia o que faziam) se portavam bem. Tanto o champô, como o tratamento foram facilmente substituídos por outros produtos – o primeiro pelo Bain Vital Dermo-Calm da Kerastase e o segundo pelo Stimuliste, da mesma marca, que tem um resultado muito mais próximo ao que eu esperava –, mas o condicionador, desenvolvido para ser usado na raiz, limpa o meu couro cabeludo como nenhum outro. Depois de uma semana a usá-lo, sempre que regressava de Cabo Verde ou quando, por alguma razão, sinto que a minha cabeça está mais suja e me incomoda mais, é notória a ajuda que presta no controlo da sujidade, no equilíbrio do couro cabeludo. Tenho um cabelo com alguma personalidade, que só faz o que quer, e misto (oleoso na raiz e seco nas pontas), pelo que o uso do condicionador tinha sido restrito, até então, às regiões menos hidratadas. Foi, portanto, com um misto de cepticismo e deslumbramento que vi o meu cabelo a ficar não só hidratado até às pontas, mas fresco e tratado na raiz, com um aroma a mentol muito agradável. Senti-o inclusivamente mais forte, mas em termos de volume não registei qualquer diferença digna de realce (ou entre curvas e pontas arrebitadas, a minha noção de volume fica sempre meio turva, vá). 

Em alguns blogs que falavam sobre este trio, algumas pessoas queixavam-se que o condicionador, especialmente, as deixava com a pele irritada e vermelha, pelo pescoço, mas, felizmente, nunca senti desconforto algum a usá-lo. Pelo contrário.

Comprei o meu kit na Look Fantastic que, desde então, tem expandido os produtos Nioxin à venda. Assim que sentir que o meu couro cabeludo, por alguma razão, mais irritado, comprarei com certeza o condicionador que, por pouco mais de 17 euros em promoção, me parece um excelente preço para o bem que me proporciona. Caso queiram experimentar um dos kits, há agora seis à disposição, é só verem qual o que mais se adequa ao vosso tipo de cabelo.

Ingredientes do condicionador (para quem entende):

Water (Aqua), Stearyl Alcohol, Cetrimonium Bromide, Cetyl Alcohol, Decethyldimonium Chloride, Dimethicone, Cetrimonium Chloride, Polquaternium-11, Hydroxypropyltrimonium Honey, Panthenol, Amodimethicone, Cetearyl Alcohol, Ceteareth-20, Polysorbate-60, Polysorbate-80, Propylene Glycol, Camellia Sinensis, Cucurbita Pepo, Humulus Lupulus, Mentha Piperita, Rosmarinus Officinalis, Serenoa Serrulata, Urtica Dioica, Visnaga Vera, Hexapeptide-11, Saccharomyces Ferment Filtrate Lysate, Betaine, Hexylene Glycol, Glycoproteins, Cystine Bis-PG-Propyl Silanetriol, Dimethyl Isosorbide, Phenoxyethanol, Phospholipids, Saccharomyces Lysate Extract, Ethoxydiglycool, Coenzyme A, Coenzyme B5, Coenzyme B6, Coenzyme B12, Coenzyme Biotin, Coenzyme Folate, Coenzyme Nicotinate, Coenzyme Q6-10, Coenzyme R, Coenzyme Thiamine, Melanin, Superoxide Dismutase, Diazolidinyl Urea, Methylparaben, propylparaben, Green 5, Yellow 6.


(E sim, até pode parecer que este é um post patrocinado, mas, como todos os do blog, garanto-vos que é, mais uma vez, a humilde opinião sobre um produto comprado. Não tenho culpa se sou assim, de paixões assolapadas – mesmo que possam ser efémeras – de vez em quando. :) )   
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