Gosto de dançar. Desde
pequena que prefiro mexer-me ao som de uma música mais ou menos agitada, mas
sempre melodiosa, que me descontraia e exercite ao mesmo tempo. Sempre pertenci
a ginásios, onde fiz de tudo um pouco, até as aulas de GAP/Local, mas sempre
voltei às sessões aeróbicas, onde os movimentos e música se complementavam, à
procura de algo que atraísse mais o meu lado entediado pelo exercício mecânico,
rotineiro. Mas, mesmo assim, não era dança.
Quando mudei para um
país, uma cidade, onde as aulas de latinas, kizomba, dança do ventre, hip hop
ou ballet (todos os ritmos dos quais já tinha tido de aulas, alguns durante
anos), senti imensa falta de dançar, especialmente porque isso significa,
normalmente, em mim, um aumento crescente dos meus níveis de stress. Qual foi a
solução que encontrámos? Duas palavras: Kinect e Zumba.
foto: game.co.uk |
A Kinect é o complemento
da Xbox 360 que pretende pôr-nos a mexer. Através de infravermelhos, e com um
espaço livre de obstáculos, o sensor lê o nosso corpo e movimentos, tornando
a experiência dos jogos de vídeo completamente diferente e muito mais dinâmica.
À semelhança da Coca-Cola, a Kinect convida-nos a deixarmos o sofá, levantarmo-nos,
e fazermos efectivamente todas as acções pedidas no jogo, em vez de mandarmos
num bonequito com um comando. Aqui temos de correr, saltar, baixar, levantar...
mexer. E é fantástico.
O primeiro jogo que
comprámos, para colmatar essa minha necessidade de dança, foi o Zumba fitness. A
modalidade estava, na altura, a ganhar uma fama enorme e achei que poderia ser
o ideal para me exercitar, sem me aborrecer. Ritmos latinos, árabes, indianos e
tantos outros misturados de uma forma perfeita para se conseguir fazer uma aula
completa, que trabalhe a maioria dos músculos de uma forma divertida,
pareceu-me algo aliciante.
Comecei com o Zumba
fitness, e agora já tenho o Zumba Rush, versão melhorada. Como vivia num país em que a internet não era ilimitada nem tinha a capacidade que
encontramos agora, nos pacotes rápidos e sem qualquer limite dos países
europeus e brasileiros, acabei por não usar o jogo na sua total potencialidade.
Mas, para o que eu quero, aulas e exercício sistemático, é suficiente.
O jogo tem dezenas e
dezenas de coreografias que formam aulas curtas ou mais longas, de intensidade
baixa, média ou elevada. Em cada esquema, encontramos uma música de
aquecimento, as que puxam mais pela parte cardio ou pela insistência em um ou outro
músculo e, no final, as de alongamentos. No primeiro Zumba, os alongamentos são
sempre feitos com dança do ventre, no Rush há outros ritmos, sempre calmos. É algo
pensado por profissionais, de uma forma séria e criativa.
Com a Kinect, a
experiência é ainda mais real do que com outras consolas, pelo menos para mim.
O facto de não ter nada na mão, de tão ter de estar num tapete específico, e de
ter de trabalhar todo o corpo, que é lido da cabeça aos pés, permite uma
liberdade de movimentos única e muito mais exigente. Ao longo do jogo, uma
janelinha mostra o nosso bonequinho, além de haver uma avaliação constante da
correcção da nossa postura em todos os movimentos exigidos. Sempre que saímos
da frente do ecrã o o jogo pára, sendo necessária a leitura do nosso corpo para
a coreografia continuar. Exactamente como numa aula personalizada.
Quem necessita da
solidariedade de uma equipa a esforçar-se em conjunto e da obrigatoriedade
imposta por uma mensalidade paga para se frequentar as aulas, não vai gostar
deste sistema. Sendo em casa e sozinhas, à frente da TV, há pessoas que podem
desanimar e adiar ad eternum as aulas. Houve alturas que eu própria, que sou
bastante motivada, deixei para outro dia, e outro, a sessão de dança diária.
Mas posso garantir que, com a dieta dos Vigilantes do Peso, 4 sessões de 25
minutos e uma de 45 por semana perdi 7
quilos em poucos meses. E sem deixar de comer as minhas bolachas, scones,
pizzas e as gulodices, das quais eu não me separo. Sempre com moderação, claro.
Eu sou fã do Zumba, e fã
da Kinect. Se pensarmos neles não como
um mero jogo para pular um bocadinho, podemos efectivamente ver resultados do
exercício feito através da dança. Eu vejo.
Agora que tia Cristina tem o Xbox, preciso experimentar o Zumba! Realmente acho que no Wii ele vai ficar muito limitado...
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