Os casamentos em Portugal são, como já partilhei convosco no mês passado, organizados entre noivos e empresas de catering, especializadas, que tratam de tudo, desde a decoração à comida, que inclui almoço, buffet, o pôr do Sol/ copo d'água e até o bolo dos noivos. Não é, então, difícil de entender o porquê de haver casamentos que, apesar das nuances de cores e/ou algum pormenor mais personalizado pelos noivos, são bastante semelhantes, sem grandes mudanças de base entre eles. Nós decidimos arriscar por algo mais nosso e fizemos nós toda a decoração, escolhemos grande parte da selecção musical da hora da refeição, contratámos a dedo os profissionais que queríamos à nossa volta no dia e passámos horas a pensar na comida que era indispensável. Digo-vos, deu trabalho, mas fizemos algo realmente original e com a nossa cara. E sem pagar mais por isso. Eu não alteraria nada do dia do meu casamento.
Uma vez que já passou o dia, já posso partilhar convosco os trabalhos manuais que nos levaram horas e horas, especialmente na semana antes do dia 10. Como, ao contrário da maioria das mulheres, eu prefiro flores nos vasos do que cortadas para a satisfação estética de quem recebe um ramo bonito, optei por fazer tudo em papel, incluindo o bouquet da noiva. Não quis mostrar antes para que os convidados que lêem a Salinha também tivessem o efeito surpresa. Espero que não se importem.
foto tirada no final do dia, mas a única que dá para ver o efeito das borboletas de origami na decoração interior |
Depois de ensaiados vários estilos de centro de mesa, eu quis interligar, de certa forma, o nosso tema (literatura) à simplicidade e beleza que me transmitem todas as decorações invernais, a Winter Wonderland. Sempre quis algo bem clarinho, nos tons beiges e brancos das páginas de livros novos e velhos, sem grandes cores garridas, para envolver os convidados num ambiente limpo, requintado e elegante, onde o mais importante são as pessoas, não os enormes centros florais ou os castiçais no meio das mesas, que dificultam o diálogo e a visão.
Sabendo que escolheríamos um elemento natural, o ramo, ideia inspirada nas decorações fabulosas de Marianne Guély, fomos procurando modelos de flores e animais com os quais pudéssemos preenchê-los de uma forma sóbria e bonita, dando vida às páginas dos livros usados (comprados a 20cts em Paris). Começámos pelas borboletas, que foram feitas em quadrados de 10,5x10,5cm, seguindo o vídeo simples e esclarecedor de Tadashi Mori:
Simples, não é? :)
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