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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Sou esquisitinha, sou! # 4

Não gosto de invertebrados. Não dos do chão, animais, que rastejam pela sobrevivência, por mais feios que sejam, mas daqueles que, em duas pernas, se erguem de forma escorregadia, adaptando a sua forma à dos demais, que querem agradar, sem coerência. Desses. 

Dos que não se preocupam em cuidar daquilo que são, desde que o sejam naquele momento, com aquele fim, independentemente de terem sido outra coisa, noutro contexto. Dos que não assumem. Dos que não têm o que assumir, que a própria existência é um grande ponto de interrogação pronto a servir as vontades momentâneas de outros, para os outros. Mesmo que se contradigam.  

Dos que não têm coluna vertebral de ideias, convicções, opiniões e pensamentos. Porque defender algo pode trazer inimizades. Dos que são um enorme boneco fugidio no qual não se pode confiar, nem esperar algo de lógico. Desses. 

2 comentários:

  1. Me senti muito invertebrada lendo seu texto... :(

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    Respostas
    1. :) Cristina, não seja assim, nunca a ouvi dizer hoje uma coisa porque está a falar comigo e amanhã outra, completamente oposta, porque está a falar com outra pessoa. :)

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