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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Dicas que dão jeito #5

Desde que comecei o blog, tenho estado mais atenta não só a tudo o que diz respeito a maquilhagem, mas também, e devo dizer principalmente, à necessidade de cuidar da pele correctamente. Ainda esta semana disse a uma amiga minha e acredito piamente que, se não tivermos uma tela limpa, cuidada, na qual possamos trabalhar a maquilhagem em todo o seu esplendor, não vale a pena gastarmos rios de dinheiro em produtos bons que não se adaptarão como deviam. Há que reconhecer as falhas, ver o que precisamos e corrigir desequilíbrios da nossa pele. Para mim, bases, correctores, ou, num limite extremo, os botox, peelings e afins, são meras ajudas imediatas, que servirão para corrigir um problema naquele momento, mas não o previne, de raiz. E nunca ficarão tão bem como uma pele bem tratada.

Posto isto, e relembrando que sou apenas uma amadora (não sou profissional de saúde, nem de estética ou semelhantes), que gosta de se informar e de tratar da sua pele, decidi que esta era uma boa altura para partilhar uma dica de quem sempre teve pele mista a oleosa e que, com a obsessão do mate, acabou por criar problemas a uma pele boa e nada esquisita. Sei que há várias pessoas, especialmente em países mais húmidos, que fazem exactamente o mesmo que eu fazia e, em vez de repetir o meu caso um a um, mais vale torná-lo logo um post e pronto.

Há uns cinco anos eu, como tantas outras pessoas, cuidava apenas na medida do necessário da pele, com a gama Normaderm, da Vichy, para peles mistas a oleosas com tendência a acne (mesmo só tendo acne no queixo, de vez em quando), coisa que havia feito desde que me lembre de começar a cuidar da pele. Muitas vezes, até “esquecia” da parte do hidratante porque, pensava eu, “não deve ser necessário”. Nada de confusões, nada de complicações, e nada de rotinas.

Morando há um ano num país quente, mais próximo do Equador, vi-me sem creme e, não estando prevista nenhuma viagem a Portugal nos tempos seguintes, fui forçada a comprar algo que não conhecia, acreditando na “expertise” da pessoa que me atendeu (sim, sim, agora não o faria, não). Pedi-lhe o que considerava mais indicado para a minha pele, mesmo que não fosse dos produtos mais baratos. Ela olhou para mim e deu-me a coisinha mais fluida (mas supostamente das melhores marcas) para quem sofre de oleosidade. Extrema, pelos vistos, que o que ele fez à minha pele foi do pior.

Passados meses a lavar a cara com um gel de limpeza profunda, esquecendo muitas vezes o tónico e usando um hidratante fluido (que acho que nem deveria ser chamado de hidratante) o resultado foi uma pele massacrada. Poros abertos, sensibilidade, irritação, secura, escamações… E aquela sensação constante de que a pele estava cada vez mais oleosa, por mais que a limpasse.

A única solução passava, na altura, por confiar nos anos de experiência da minha mãe, que me alertava frequentemente para a importância de usar cremes de qualidade, e ler tudo o que pudesse sobre o assunto, na internet, para ver se, não podendo fechar os poros abertos, nem corrigir as consequências da falta de cuidado (pois é, achamos que não, mas há coisas que não voltam atrás, por mais botox que injectemos na pele), evitava a continuação do massacre. Em SOS, ela conseguiu enviar, por um amigo meu que, por acaso, veio a Portugal, um Super Aqua Day da Guerlain (caro, mas salvador da pátria) para tratar a minha pele com o carinho que ela precisava, sem me esquecer dos passos necessários: limpar, tonificar, hidratar. Sempre, independentemente do tipo de clima.

Desde então que tenho reconhecido os desequilíbrios da minha pele e, com muita pesquisa e consulta de amigas, profissionais e amantes do mundo da Beleza, lhe tenho dado óleos, bálsamos, , máscaras  de limpeza, hidratantes, e tudo o que seja necessário para me sentir confortável. Sem que a pele (que é mista a oleosa, sublinho uma vez mais) fique a brilhar o dia todo e sem que as glândulas sebáceas disparem a produção de sebum à louca. 

Tudo isto para chegar ao ponto principal e à minha humilde dica de hoje. Uma pele desidratada não é sinónimo de uma pele seca. E uma pele oleosa não significa que está hidratada. A minha, quando tem picos de desidratação, produz sebum em excesso e, aos olhos dos demais, parece extremamente brilhante, incapaz de reter qualquer maquilhagem. Mas lavá-la e usar produtos matificantes à toa não é a solução, no meu caso. Muito menos limpá-la profundamente, sem mais nada. Isso é convidar os meus poros a abrirem-se para o mundo, sem lhe dar o tónico e o hidratante que precisam para se recompor. Já ouvi imensa gente a afirmar que usa excelentes produtos de limpeza, exfoliantes de acção profunda e que não percebe porque continua a produzir tanto óleo e porque os poros estão cada vez mais abertos. Quando lhes pergunto: Mas o que usas depois da limpeza?, a resposta é, invariavelmente, “Nada! Credo, o clima é tão húmido que nem preciso”. Falácia comum. Infelizmente.

É, sim, preciso um cuidado com a pele mais consciente do que isto. As melhores marcas têm gamas de produtos hidratantes à base de água para quem tem a pele mais oleosa, pelo que há oferta no mercado para cada tipo de pele. Informem-se. A leitura e pesquisa na net pode ajudar-nos a clarificar muito sobre como tratarmos dela e não a massacrarmos. Antes de ter lido os alertas da Caroline Hirons sobre o Effaclar Duo, já sabia que não era produto para aplicar em toda a cara, só porque se acha que ela tem tendência a acne, mesmo quando não está em fases problemáticas. Há óleos hidratantes para peles mistas a oleosas (isso, óleos! Acreditem, funciona. Uso todas as noites um óleo da Clarins e adoro-o); Há máscaras variadas, enzimáticas, mecânicas, com ácidos, de argila, etc; existem blogues que falam com conhecimento de causa, cientificamente, sobre ácidos, produtos, técnicas, etc. (Se não os conhecem, sigam já o Make Down e a Bola de Sabão e consultem os posts anteriores, com certeza aprenderão muito.); Há pessoas, amadoras, como eu, como nós, que partilham as opiniões e experiências (mas saibam analisar criticamente o que lêem, o que significa não correr atrás de um produto-maravilha para uma pele seca que não serve para uma pele oleosa); há todo um mundo que está disponível a esclarecer dúvidas e a aconselhar, na medida do possível. 

Mesmo que estejam em climas húmidos, a pele precisa de ser cuidada e, vão por mim, há sensações de desconforto que surgem de faltas que podem ser facilmente nutridas, com uma rotina de cuidado de pele diário adaptada a nós (que não será, nunca, apenas lavar a cara e retirar-lhe todo o óleo sem a hidratar). Invistam em produtos de tratamento e cuidado da pele, mais do que tudo o resto. A maquilhagem vem depois, é secundária, sob pena de parecer reboco numa pele que queremos camuflar a todo o custo. E, também ela, deve adaptar-se ao que somos e não ao que bloggers ou youtubers que gostamos são. Nas alturas de desidratação grave da minha pele (em que produz mais óleo) posso usar uma base líquida (por mais que alguém famoso a adore)? Claro que não! Um pó é suficiente e mais do que recomendável. Há primers matificantes; há protectores solares aquosos, leves; há blotting papers; há sombras, blushes, e tudo mais de todas as formas e feitios; há tantos produtos para tantos tipos de pele que, tendo uma tela cuidada, o resto é só bónus para o embelezamento de uma tez já bonita.

13 comentários:

  1. Belas dicas! Costumo dizer que, quando a minha pele era mista a oleosa, o que a equilibrou foi um óleo - infelizmente, só entende isto quem já entende isto. :\

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  2. Como eu sei q tudo isso é verdade... já sei a quem recorrer p ter umas dicas :-D

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    1. Devia aparecer o meu nome :'( ass: bruna carvalho

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    2. Olá Bruna! :D (tinha a certeza que a minha resposta já tinha sido enviada, descobri agora que não) Sabes que estás à vontade para colocar as questões que quiseres. :) Em Agosto já aí estarei outra vez e até podemos beber mais um cházinho e falar destas coisas. :) Beijinho

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  3. Como eu sei q tudo isso é verdade... já sei a quem recorrer p ter umas dicas :-D

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  4. Mas quais os efeitos negativos do Effaclar Duo?

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    1. Boa noite! (Se possível, deixe o nome para a próxima, para que eu saiba a quem me estou a dirigir e não ficar tão impessoal. Obrigada :) )
      O Effaclar Duo é muito bom para quando a nossa pele está com acne, as "imperfeições severas", segundo a marca. Como já disse por aqui, eu tenho tendência a ter borbulhas no queixo desde muito nova, pelo que é um tubinho que anda sempre comigo. Agora, para ser eficaz nessa região mais problemática é muito agressivo para uma pele normal, não devendo ser, jamais e em tempo algum, o gel a usar quando estamos numa fase mais equilibrada, sem erupções, como "prevenção".Ele nem é feito para tal. Deixar-nos-á a pele seca, sensível e irritada.
      Isto não constitui um "efeito negativo" do Effaclar Duo, per se, mas sim da forma errada como é usado muitas vezes. Há produtos que são bons no seu propósito mas cuja eficácia é posta em causa pela aplicação incorrecta que, muitas vezes, sem informação, lhe damos. Eu que o diga, que era perita nisso. :)
      Espero que tenha respondido. :)
      M.

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    2. Muito obrigada pelo esclarecimento.
      Desculpe pela não identificação.

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    3. :) Não faz mal, Teresa.

      Sempre que tiver alguma dúvida, coloque-a. Se eu não souber, procurarei informar-me. :)

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  5. Tive uma epifania parecida com a tua quando fiz Erasmus em Inglaterra, no Inverno, numa terra super ventosa. Na altura usava uma linha matificante da Helena Rubinstein que claramente não era suficiente e comecei a notar a pele seca, repuxada e desconfortável. Um dia na "department store" lá da vila uma menina da Clarins deu-me uma amostra do Huile Lotus e mudou a minha vida...

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    1. Pois é, que engraçado. Vivemos na obsessão do mate até determinada altura e depois zás!, a pele mostra que não é nada disso que quer. :)

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  6. Olá! Descobri hoje o blog e achei muito interessante!
    Será que me podia dar uma dica? :) Gostava de fazer uma análise da minha pele mas não quero ficar sem couro cabeludo!!! :) Alguma sugestão? Obrigada e continue!

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    1. Olá Pati! Seja bem vinda! :D

      Desculpe, mas não entendi a sua questão. Uma análise de pele afecta o estado do seu couro cabeludo? De que tipo de análise está a falar?

      Beijinho!

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